
GOVERNO ANUNCIA REFORMAS COM FOCO EM MERCADOS DE CAPITAIS E SEGUROS
Pacote traz 17 propostas que serão debatidas com órgãos e entidades nos próximos meses
Por DA REDAÇÃO - COM CNN BRASIL | Edição do dia 21/07/2023 - Matéria atualizada em 21/07/2023 às 04h00
O Ministério da Fazenda anunciou sua agenda de reformas microeconômicas em reunião ontem, no Rio de Janeiro. O pacote tem como prioridades os mercados de capitais e seguros.
Entre os participantes da reunião estavam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto. Também compareceram representantes de entidades e associações.
O pacote traz 17 propostas que serão debatidos com órgãos e entidades nos próximos meses. Conforme maturarem, as discussões serão transformadas em políticas públicas e enviados para análise do Congresso, explicou Marcos Pinto.
“A gente não vai ganhar o jogo do crescimento econômico só tratando de assuntos macroeconômicos. O macro é um pressuposto para voltar a crescer, mas precisamos encarar outros desafios: a produtividade está praticamente estagnada desde a década de 90″, disse o secretário.
“E para atacar esse desafio de produtividade, a gente precisa endereçar uma série de pequenos problemas da economia brasileira, fazer uma série de pequenas reformas para destravar esse crescimento”, completou.
Marcos Pinto explicou que parte das medidas tem como objetivo fazer com que os mercados de seguros e previdência, bem como o de capitais tenham mais condições de concorrer com as instituições financeiras no mercado de crédito.
Segundo o secretário, nos países desenvolvidos, os mercados de seguros apresentam “oportunidades” mais robustas e são mais representativos como fonte de recursos para investimentos produtivos. A ideia seria aproximar o Brasil deste modelo.
Ainda de acordo com Pinto, as medidas voltadas ao mercado de capitais tem como objetivo levar mais empresa a este ambiente — auxiliando esses atores a terem acesso a diversas opções de crédito.
O ministro Haddad se disse “muito animado” com a agenda de reformas microeconômicas. Ele considera tais ajustes “pontuais” e acredita que esse pacote é essencial para o Brasil “chegar à frente” dos demais países.