
SESSÃO ESPECIAL DEBATE AÇÕES DE FORTALECIMENTO DA CULTURA ALAGOANA
Sessão especial da ALE contou com a apresentação de grupos carnavalescos
Por DA REDAÇÃO - COM ASSESSORIA | Edição do dia 29/08/2023 - Matéria atualizada em 29/08/2023 às 04h00
A Assembleia Legislativa realizou ontem uma sessão especial para debater o fortalecimento da cultura alagoana. Na sessão, foi outorgada a Comenda Lêdo Ivo às artistas Mestra Vânia, Mestra Irinéia e Dona Morena Teixeira, em reconhecimento às suas contribuições na promoção e no desenvolvimento da cultura alagoana. A proposição é de autoria da deputada Fátima Canuto (MDB) e foi aprovada por unanimidade. “Essa comenda é conferida a personalidades que tenham, por qualquer meio ou iniciativa, prestado relevantes serviços em prol da preservação ou do desenvolvimento das artes e da cultura em nosso Estado, e estas mulheres guerreiras, criativas, fortes e inspiradoras, sem dúvidas nenhuma, são merecedoras desta honraria”, disse a deputada.
“A busca pela defesa e preservação da nossa cultura popular deve ser um incansável exercício. É preciso valorizar, implementar políticas públicas e ouvir as demandas de quem está na linha de frente desse setor fundamental para a economia sustentável e criativa”, afirmou Fátima Canuto
A sessão contou com a apresentação dos grupos carnavalescos Leão de Aço e Caçadores, além de uma banda de fanfarra Rubens Canuto, da cidade do Pilar.
Fátima Canuto destacou que as manifestações culturais dão vida às tradições de um povo e elas contam a história e enraízam as características de uma região. “Em Alagoas, a cultura popular é tão rica e pode ser vista de tantas formas, cores e ritmos. Para manter vivas as tradições, contamos com a dedicação de verdadeiros guardiões da cultura popular. Tem o Guerreiro e o Pastoril. Tem o Artesanato e todo o trabalho manual. Tem a Chegança e a Embolada. Tem os versos do Cordel ou a melodia do Pífano. Do Sertão ao Litoral, estamos muito bem representados quando o assunto é arte popular”.
Ainda em seu pronunciamento, a parlamentar disse que para manter vivas as manifestações culturais é preciso fortalecer por meio do reconhecimento, da valorização, da estruturação, das políticas públicas, do incentivo e do investimento. “Com a preocupação pela preservação dessas políticas, propomos esse momento para debater e, principalmente, ouvir as demandas de quem está à frente da arte e do artesanato alagoanos. Temos uma cultura rica, vasta e muito abrangente. Precisamos chamar atenção para esse assunto, visando o fortalecimento do setor, que é tão importante também para a nossa economia local, sustentável e criativa, fonte de renda de muitas famílias alagoanas”, destacou Fátima Canuto.
O presidente da Federação das Organizações da Cultura Popular e do Artesanato Alagoano (Focuarte), João Lemos, falou da importância de uma sessão na Assembleia Legislativa para discutir a cultura alagoana. “Estamos vivendo um processo de valorização das manifestações e das formas de celebrar o saber do povo de Alagoas. Aqui nesta Casa podemos encontrar encaminhamentos para a solução dos problemas, criando pontes no horizonte para que possamos caminhar em trilhas mais férteis. A Focuarte conseguiu colocar oito leis nos municípios alagoanos reconhecendo que o mestre tem condições de ensinar na sala de aula. A nossa maior luta é colocar o mestre em contato direto com a juventude, que está presente nas escolas”, enfatizou.
A museóloga e folclorista Carmem Lúcia Dantas destacou a importância da cultura alagoana e desta sessão. “É muito bom estar aqui para conversar sobre cultura popular, porque nela está a base artística de nosso Estado. Ver a preocupação do Parlamento com este assunto é muito gratificante. É preciso entender que desenvolvimento pleno tem que vir em parceria com o desenvolvimento cultural e a valorização das tradições locais. Aqui na Assembleia podemos propor o que sonhamos para que possa virar lei”, afirmou.