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Nº 5902
Política Nova Delhi, Índia, 10.09.2023 - Presidente Lula se reúne com o Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, no Bharat Mandapam. Nova Delhi – Índia. Foto: Ricardo Stuckert/PR

LULA DIZ QUE EUROPA TEM QUE DECIDIR SE QUER ACORDO COM MERCOSUL

Presidente se reuniu com líderes da União Europeia durante a Cúpula do G20 e disse a Macron que exigências ambientais são “inaceitáveis”

Por DA REDAÇÃO - COM CNN BRASIL | Edição do dia 12/09/2023 - Matéria atualizada em 12/09/2023 às 04h00

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na Cúpula do G20, em Nova Déli, na Índia, que a União Europeia precisa decidir se quer fechar o acordo de livre comércio com o Mercosul.

“Nos próximos meses a gente tem que chegar num acordo: Ou sim, ou não. Ou parar de discutir o acordo porque, depois de 22 anos [de negociações], ninguém acredita mais [na possibilidade de aprovação]”, disse o presidente.

“Eu estou com vontade de fazer o acordo enquanto eu sou o presidente do Mercosul”, disse ele. O Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco comercial sul-americano até o fim deste ano.

Os blocos fecharam as bases do acordo de livre comércio em 2019, depois de mais de 20 anos de negociações.

Brasil recebe da Índia comando simbólico do G20 | CNN PRIME TIMEBrasil recebe da Índia comando simbólico do G20 | CNN PRIME TIME

Em março deste ano, porém, a União Europeia enviou uma “side letter”, uma espécie de adendo ao texto original, ao Mercosul colocando novas condições ambientais para a ratificação do tratado.

As novas demandas europeias incluem a aplicação de sanções e restrições ao comércio entre os blocos em caso de desmatamento e desrespeito ao meio ambiente.

Lula se reuniu com vários líderes europeus na Cúpula do G20, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da França, Emmanuel Macron.

A CNN apurou que o presidente brasileiro disse a Macron durante a reunião bilateral que as exigências europeias eram “ofensivas” e “inaceitáveis”.

O presidente francês já havia dito a Lula, em reunião anterior, que o acordo só passaria na Assembleia Nacional de seu país se tivesse amplo apoio de partidos da direita e extrema-direita – algo considerado improvável no momento.

Para entrar em vigor, o acordo precisa ser ratificado por todos os países membros dos dois blocos, os quatro do Mercosul e os 27 da União Europeia.

PUTIN

O presidente Lula afirmou que a Justiça brasileira decidirá sobre a prisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, caso ele venha ao Brasil para a próxima Cúpula do G20, em novembro de 2024. Neste ano, o russo não compareceu à reunião de chefes de Estado e governo do grupo, em Nova Déli, na Índia.

Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Putin por crimes de guerra cometidos na Ucrânia. O Brasil é signatário do acordo que criou o tribunal e deveria cumprir o mandado caso Putin venha ao país.

Na noite deste domingo (10), manhã de segunda-feira (11) na Índia, Lula deu entrevista coletiva à imprensa para falar sobre a participação na cúpula. O Brasil recebeu da Índia a presidência do G20 e vai organizar o próximo encontro de líderes, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

No sábado (9), Lula falou, durante entrevista a um canal indiano, que “Putin pode ir tranquilamente para o Brasil”. “Se eu for o presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que ele ser preso”, afirmou na ocasião..

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