Atraso na reforma administrativa � atribu�do, agora, ao “caos na Sa�de”

MARCOS RODRIGUES Após vários dias sem falar sobre o projeto de reforma administrativa na Prefeitura a ser enviado para a Câmara Municipal de Maceió para votação, o presidente da Mesa Diretora da Casa, vereador Arnaldo Fontan (PFL), disse ontem que um dos entraves enfrentados pela equipe do município tem sido os problemas encontrados na Secretaria Municipal de Saúde. Segundo Fontan o “caos encontrado” está dificultando os ajustes técnicos que devem nortear as mudanças previstas na tão aguardada reforma. Ontem, depois da sessão, Fontan anunciou que iria discutir o assunto com o prefeito Cícero Almeida (sem partido). “Não existe pressa de nossa parte, mas irei conversar com o prefeito para saber mais detalhes sobre o que está acontecendo. Mas posso adiantar que problemas como os que estão sendo descobertos na Secretaria de Saúde só atrapalham”, considerou o vereador. O vice líder da bancada do prefeito na Câmara, vereador José Márcio (PTB), foi mais otimista. Para ele, faltam detalhes mínimos. “Tenho conhecimento que pelo menos duas etapas importantes foram cumpridas. Agora é a fase de ajustes finais. Entretanto, não posso trabalhar com prazos, mas garanto que na Casa tudo será discutido em detalhes”, disse o petebista. A posição de Zé Márcio é uma forma de tranqüilizar o “bloco de oposição”, que tem cobrado informações sobre o que será, de fato, alterado no município dentro do projeto de reforma administrativa. O vereador Judson Cabral (PT) disse que até o momento nenhum de seus colegas governistas discutiu ou adiantou informações. “Quanto a nós, só podemos esperar. Não podemos fazer nada. O que sei da reforma é que vem sendo publicado na imprensa”, disse. A última informação que a GAZETA obteve sobre o projeto de reforma é que ele vem sendo aplicado em caráter experimental em todas as secretarias. É o que foi classificado pelo secretário de Governo, Max Trindade, como “simulação”. Enquanto o projeto não chega à Câmara, a Casa realiza sua própria reforma. A proposta, segundo a Mesa Diretora, é deixar o Legislativo municipal mais dinâmico administrativamente. O texto, que definirá cortes de cargos, tem como relator especial o vereador Walter Pitombo Laranjeiras (PTB). Segundo o seu colega, vereador Galba Novaes (PL), foram detectados a existência de 705 cargos na Câmara. Destes, apenas 280 estão ocupados. “São situações que não combinam mais com a realidade da Casa”, diz.