PESQUISA MOSTRA AL ENTRE ESTADOS COM MAIOR TRANSPARÊNCIA EM SEGURANÇA
Uma pesquisa organizada por entidades de direitos humanos e jornalismo revela panorama de como está a transparência dos estados e do Distrito Federal quando o assunto é segurança pública. Alagoas ocupa a 4ª posição do ranking dos estados do Nordeste, junt
Por tatianne lopes | Edição do dia 26/09/2023 - Matéria atualizada em 26/09/2023 às 04h00
Uma pesquisa organizada por entidades de direitos humanos e jornalismo revela panorama de como está a transparência dos estados e do Distrito Federal quando o assunto é segurança pública. Alagoas ocupa a 4ª posição do ranking dos estados do Nordeste, juntamente com o Maranhão. Dos sete requisitos de transparência ativa apontados na pesquisa, o estado respondeu a cinco. As informações são baseadas nos dados disponibilizados nos sites das secretarias de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL).
Os pesquisadores analisaram os sites das secretarias de segurança de todas as 27 unidades federativas do país considerando sete requisitos de transparência ativa, que são os dados disponibilizados por vontade própria, sem que os governos estaduais precisem ser provocados.
Em Alagoas, os cinco requisitos respondidos foram: dados criminais com número de casos e/ou vítimas; letalidade e/ou vitimização policial; desagregação territorial; dados atualizados até 2023 e análises disponíveis e informações desagregadas. Já as não respondidas foram: outros indicadores e atividade policial (indicadores de esforços/operacionais).
No estado alagoano, o portal da SSP divulga mensalmente o boletim de estatística criminal, cujos dados são disponibilizados no portal do governo. As análises são feitas com base nos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) - homicídio doloso, roubo seguido de morte (latrocínio), lesão corporal seguida de morte, resistência com resultado morte e outros crimes violentos que resultem em morte.
Estas informações são geradas com base nos trabalhos do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (NEAC) da SSP/AL, através da coleta de dados analisados diariamente. Esses registros são produzidos pelos órgãos da Segurança Pública e inseridos em sistemas informatizados utilizados pelos Órgãos. Os registros provenientes destas consultas são agrupados e, posteriormente, alimentados em um banco de dados para produção de indicadores criminais.
Assim como Alagoas, o estado do Maranhão respondeu a cinco requisitos. Já os estados Piauí (3); Bahia (3); Rio Grande do Norte (4) e Sergipe (4), ocupam as últimas posições na região Nordeste. Por outro lado, Ceará, Paraíba e Pernambuco responderam aos sete requisitos analisados.
Ao todo, oito estados atenderam a todos os critérios. São eles: Mato Grosso do Sul, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Já os estados de Roraima e Acre, no Norte brasileiro, não conseguiram atender a nenhum dos critérios, já que não possuem sites de indicadores criminais. No caso de Roraima, o site está em manutenção desde 2021.
O levantamento é resultado de uma parceria entre o Instituto Sou da Paz, o laboratório de dados Fogo Cruzado, a agência de dados Fiquem Sabendo e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).