
SEAGRA REALIZA ELEIÇÃO DIA 12 COM POLÊMICA SOBRE VENDA DE SUA SEDE
Oposição acusa atual diretoria do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de destruir patrimônio da entidade
Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 10/10/2023 - Matéria atualizada em 10/10/2023 às 04h00
Os engenheiros vão comemorar o dia 12 de outubro, data que celebra o ato do presidente Getúlio Vargas em 1933 reconhecendo a profissão, escolhendo os rumos do comado da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra). A entidade, que já chegou a ter 600 filiados, atualmente conta com apenas 110 profissionais aptos a votar. Entre as polêmicas do pleito, a negociação para a venda da sede social que divide opiniões e acabou sendo questionada na Justiça.
Duas chapas disputam o pleito: a Chapa 1, que tem como candidato o atual tesoureiro, José Fragozo, apoiado pela situação, e a Chapa 2, liderada pelo candidato da oposição e ex-presidente Cláudio Calheiros.
Ao falar do pleito, Fragozo destacou que não defende partidarismos dentro da categoria, nem bandeiras ideológicas por causa da pluralidade de ideias desde o período da faculdade. Sendo assim, tem feito uma campanha voltada para a discussão sobre a valorização profissional
“Não defendemos partidarismos. O que queremos é a valorização profissional e que possamos discutir nossos problemas e questões da categoria, conforme o estatuto para fortalecê-la perante a sociedade”, disse Fragozo.
Mesmo sem querer se aprofundar no tema, ele sabe que terá de enfrentar, junto com os profissionais, o problema que envolve a venda da sede do Seagra, na AL 101 norte. “O que prefiro enfatizar é que temos o compromisso, com transparência, de reconstruirmos nossa sede, trabalharmos pelo fortalecimento da categoria, sem partidarismos, porque, quando isso ocorre, nos divide e afasta os profissionais”, acrescentou o candidato.
OPOSIÇÃO
Mas, para o candidato da oposição, Cláudio Calheiros, o principal ponto que une o grupo são os detalhes que envolvem a sede da entidade. Ele denuncia que todo o processo deixou de ser feito conforme prevê o estatuto da categoria e por isso ocorreu o questionamento jurídico.
“Queremos que o Seagra volte a ter a participação dos profissionais como sempre teve com eventos sociais para seus associados, mas agora não temos nem sede, porque ela foi vendida e isso nós não concordamos”, disse Calheiros. “O nosso patrimônio foi destruído e negociado de forma que não concordamos, assim como a maioria dos ex-presidentes que nos apoiam”.
Ele pretende rever todo o processo, dentro do que diz a legislação, se possível para fazer o Seagra retomar sua trajetória de representatividade da categoria. “Antes cada presidente que passava deixava sua marca. A piscina que foi feita e outros investimentos são exemplos disso. Agora acabaram com nossa sede e está tudo destruído”, desabafou Calheiros.
Além disso, a chapa, se eleita, espera investir na formação técnico-científica da categoria, bem como lutar pela ampliação da contratação dos profissionais para atuar no acompanhamento dos programas de agricultura desenvolvidos no Estado.