O trabalho dos recenseadores do IBGE terá um novo foco de coleta de dados. Com o apoio do Ministério da

Saúde, eles vão investigar a realidade da saúde materno-infantil. Em Alagoas, a meta é visitar 4.770 residências em 64 municípios. O trabalho contará com 50 técnicos, sendo 30 atuando em visitas em domicílios na capital.

A Pesquisa Nacional de Desenvolvimento em Saúde (PNDS) será apresentada no final do trimestre de 2024. Ela será feita com 133 mil famílias nos próximos quatro meses. O objetivo é que, a partir de dados atualizados, os agentes públicos possam desenvolver políticas de atenção em todo o País.

Segundo o superintendente substituto do IBGE e coordenador da pesquisa no Estado, Alcimar Eneas Rocha Trancoso, os dados serão coletados nos próximos quatro meses e rapidamente encaminhado à base nacional.

“ O impacto dos dados coletados não tem reflexo apenas no Ministério da Saúde, mas também outros órgãos do Estado brasileiro e na sociedade. Isso porque, com base neles, será possível traçar um perfil da saúde e nutrição das crianças, projeções populacionais em seu componente de fecundidade, conhecer a idade reprodutiva dos homens, o comportamento e intenções reprodutivas, bem como fornecer um diagnóstico, planejamento, análises e avaliação de políticas públicas em saúde reprodutiva e saúde das crianças”, explicou Eneas.

Para isso, todos os técnicos envolvidos na pesquisa receberam treinamento específico, afinal estarão abordando temas relacionados à vida familiar das pessoas e suas perspectivas. A formação foi realizada no mês de setembro com 250 pessoas das 27 superintendências na cidade mineira de Jaboticatuba. O processo, em Alagoas, ocorreu em Barra de São Miguel.

Os questionários que serão aplicados contam com dois blocos. No primeiro os dados gerais poderá ser respondido por qualquer pessoa, mas a segunda parte tem foco em respostas de homens e mulheres com idade de 15 e 49 anos no caso deles e 15 e 59 para elas.

Os recenseadores alagoanos já estão em campo desde a última segunda-feira (9). Os primeiros domicílios visitados foram os das cidades de Paripueira, Barra de Santo Antônio, Pilar e Marechal Deodoro, na região metropolitana. Os demais foram nas cidades de Porto Calvo, Arapiraca, São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema, Arapiraca, Palmeira dos Índios e Viçosa.

“De uma forma geral, a equipe está sendo bem recebida pelos moradores. A nossa relação com a sociedade alagoana vem sendo construída ao longo desses mais de oitenta anos de atuação do IBGE”, concluiu Eneas.