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Nº 5899
Política

AL TEM REDUÇÃO NO PERCENTUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA POBREZA

Segundo Unicef, total de meninos e meninas nessa situação caiu 6,1 pontos percentuais entre 2019 e 2022

Por tatianne lopes | Edição do dia 14/10/2023 - Matéria atualizada em 14/10/2023 às 04h00

Um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que, mesmo com a pandemia da Covid-19, nos últimos anos, o Brasil conseguiu reduzir, de forma lenta, a maioria das privações a que crianças e adolescentes estão expostos. No entanto, as Norte e Nordeste ainda apresentam os maiores índices de meninas e meninos privados de um ou mais direitos no País. É o que revela o novo relatório “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil”.

Por outro lado, em Alagoas, o percentual de meninas e meninos vivendo na pobreza no estado passou de 86,9% em 2019 para 83,8% em 2022.

O estudo revela que no Estado, as crianças e adolescentes de 0 a 17 anos sofrem com mais privações por falta de saneamento básico (61,51%) e renda (55,14%). Mas também estão expostas à falta da educação (11,94%); água (11,01%); moradia (6,17%) e informação (3,68%).

O relatório destaca, também, a renda necessária para uma alimentação adequada – que foi impactada pela alta nos preços dos alimentos – e a questão do saneamento básico, que, embora apresente alguma melhora, continua sendo a privação que impacta mais meninas e meninos no País.

As disparidades regionais também se mantêm como ponto de atenção, assim como as desigualdades relacionadas a cor/raça, que diminuíram entre 2019 e 2022, mas ainda são grandes.

“Mudar esse cenário passa, necessariamente, por priorizar crianças e adolescentes na agenda pública e no orçamento nacional, e investir em políticas públicas articuladas, voltadas à garantia dos direitos de cada criança e adolescente, sem exceção”, afirma o estudo.

No Brasil, entre as privações analisadas, chama atenção a piora recente na dimensão de educação, especialmente no que diz respeito ao analfabetismo. A proporção de crianças de 7 anos de idade que não sabem ler e escrever saltou de 20% para 40% entre 2019 e 2022 no Brasil.

Analisando a dimensão renda, que diz respeito ao número de crianças e adolescentes vivendo abaixo de um nível mínimo de recursos para satisfazer suas necessidades, em 2019, essa privação afetava cerca de 40% do total de crianças e adolescentes de até 17 anos no País.

Durante a pandemia, o índice variou – em parte por conta das políticas de auxílio emergencial –, apresentando uma melhora em 2022, em comparação a 2019. Em 2022, no Brasil, 36% estavam na pobreza monetária. Em Alagoas, em 2022, eram 55,14%. Em relação ao acesso à água potável, 5,4% das crianças e dos adolescentes em todo o Brasil estavam privados desse direito em 2022. Em Alagoas a porcentagem era de 11,01%.

Ter uma moradia adequada é essencial para o desenvolvimento de crianças e adolescentes e é um dos maiores desafios da gestão pública. Os dados mostram uma redução e em Alagoas, o percentual foi de 6,17% de meninas e meninos afetados em 2022.

O acesso à internet e à televisão foi um dos índices que ajudaram a impulsionar a tendência de redução das privações entre crianças e adolescentes. No estado, 3,68% do público-alvo do estudo não têm acesso a esse direito.

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