
COMITÊ INICIA NOVAS AVALIAÇÕES NAS ÁREAS AFETADAS POR MINERAÇÃO
Técnicos querem saber se há alterações que indiquem necessidade de ampliar o raio da região que vem sofrendo afundamento
Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 20/10/2023 - Matéria atualizada em 20/10/2023 às 04h00
A situação dos bairros afetados pelos efeitos da extração de sal-gema feito pela Braskem segue sendo monitorada. Ontem, o Comitê Técnico formado por representantes da Defesa Civil de Maceió, da mineradora e Defesa Civil Nacional deu início a novas avaliações em busca de alterações que indiquem a necessidade ou não de ampliar o raio da área afetada geologicamente.
Segundo informou o coordenador-geral da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, o trabalho iniciado ontem será feito em todas às áreas afetadas e deve ser concluído em até 15 dias Até o momento, conforme os últimos dados apurados, não há alterações.
“Até o momento não há conclusões, pois as visitas são feitas por área, e o trabalho de vistorias será concluído apenas quando todas as áreas foram vistoriadas. Depois são feitas as análises de dados e, na sequência, o relatório com as conclusões. No último relatório do primeiro semestre, não houve alteração da área afetada”, tranquilizou Nobre.
Ele explicou que as demandas que envolvem o acompanhamento feito na região possuem duas frentes. A que busca informações diretamente nos locais com a presença dos técnicos e especialistas e por meio do monitoramento ininterrupto feito a partir de equipamentos instalados nas bordas do mapa que incluí a área considerada mais sensível.
“O monitoramento in loco é realizado semestralmente por meio do Comitê Técnico de Acompanhamento. Mas o monitoramento por meio dos equipamentos instalados em toda a área atingida e as bordas do mapa é feito ininterruptamente. Os dados são acompanhados e analisados pelo Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (Cimadec), e os equipamentos medem em milímetros a movimentação do solo”, detalhou o coordenador.
Sendo assim, é a partir da junção dos dados visuais e dos analisados digitalmente que toda a área é avaliada. Todos os resultados obtidos, conforme definido desde o início dos trabalhos, são repassados para os órgãos de controle como o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União.
“Havendo constatação de novas áreas afetadas, seguindo os critérios avaliativos, há novas atualizações de residências afetadas”. completou o coordenador.