
COM 3 SUPLENTES EM EXERCÍCIO, ALE PASSA A TER 30 DEPUTADOS
Galba Filho, Henrique Chicão e Dra. Sâmea assumiram vaga de deputado com a licença dos titulares
Por arnaldo ferreira | Edição do dia 21/10/2023 - Matéria atualizada em 21/10/2023 às 04h00
O posto de segundo suplente de vereador, de deputado estadual, federal e/ou de senador, geralmente é classificado como “expectativa de poder” que raramente acontece. Porém, na Assembleia Legislativa, a segunda suplência está em alta e com possibilidade real de assumir o mandato. O caso mais novo é o da segunda suplente Dra. Sâmea (Republicanos), que assume a cadeira da maior liderança do partido dela, o deputado Antônio Albuquerque, que se afastará para tratamento de saúde. Por causa da ascensão de três suplentes, a ALE tem hoje 30 parlamentares.
O deputado Albuquerque ingressou no protocolo da Assembleia Legislativa de Alagoas com dois pedidos de licença. Ambos foram lidos e aprovados na sessão de quarta-feira (18) no plenário do parlamento estadual. A primeira licença é de 18 de outubro a 6 de novembro para tratamento de saúde. A segunda licença é de 7 de novembro a 19 de fevereiro para tratar de assuntos de interesse particular.
A deputada Sâmea Rafaella Torres Tenório Mascarenhas- Dra. Sâmea- é advogada e obteve na eleição passada 13.322 votos, ficando então na segunda suplência do Partido. Com isso, a parlamentar reforça a bancada feminina, que, pela primeira vez na história do parlamento estadual, conta com seis deputadas: Gabi Gonçalves (PP), Cibele Moura (MDB), Flávia Cavalcante (MDB), Fátima Canuto (MDB) e Ângela Garrote (PP) e Dra. Sâmea (PP).
O primeiro suplente, Henrique Chicão (Republicanos), assumiu a vaga deixada após a licença do deputado André Silva para tratamento de saúde. No parlamento há um mês, o deputado tem tido atuação discreta, longe das grandes polêmicas e forma a bancada do governo, que é maioria absoluta entre os 27 deputados estaduais. Ele é filho do ex-deputado Chicão, de Coruripe.
MDB
O outro caso de 2º suplente a assumir mandato nesta legislatura é o do ex-deputado Léo Loureiro (MDB). O parlamentar não conseguiu se reeleger e ficou na segunda suplência do partido. A deputada Flávia Cavalcante (MDB) precisou se afastar para tratamento de saúde no primeiro semestre, fez uma pequena cirurgia e, no período do afastamento dela, assumiu Loureiro. No parlamento, ele teve uma atuação discreta e compôs rapidamente com o grupo emedebista que tem a maior bancada do Legislativo, com 14 deputados e domina as 15 comissões parlamentares, além de comandar a Mesa Diretora, com o deputado Marcelo Victor (MDB).
A deputada Flávia Cavalcante se recuperou e reassumiu a cadeira na Assembleia. Léo Loureiro voltou à condição de segundo suplente do MDB e costuma dizer que é um “soldado do partido” e está à disposição. Ligado à área de saúde, tem bom trânsito no Parlamento, no Executivo estadual e com o Presidente da Assembleia.
O primeiro suplente do MDB, deputado Galba Filho (MDB) – pai do atual presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Galba Neto e integrante do grupo emedebista que não faz oposição ao prefeito JHC do PL –, apesar de ter reduto eleitoral forte na parte alta da cidade não conseguiu se reeleger nas eleições gerais passada para o quinto mandato, como sonhava. Ficou como primeiro suplente. Porém, voltou logo para o Legislativo e exerce hoje o quinto mandato, por tempo indeterminado. A titular da cadeira, deputada Carla Dantas (MDB), se licenciou para ocupar a cadeira de secretária de Estado da Agricultura do governo Paulo Dantas (MDB).
Diante de tantas ascensões, outro fato inusitado: o Legislativo, que tem 27 cadeiras de deputados estaduais, agora tem 30 deputados, sendo que três deles são suplentes. Os licenciados não recebem o salário de R$ 28,5 mil, revelou uma fonte da ALE. A situação é constitucional e prevista no regimento interno do Parlamento, revelam assessores jurídicos da Casa.