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Nº 5901
Política Gilad Erdan, Permanent Representative of Israel to the United Nations, speaks during the 10th Emergency Special Session (resumed) 39th plenary meeting on the Israeli-Palestinian conflict at the United Nations, in New York, October 26, 2023. Hamas's armed wing said Thursday that "almost 50" Israeli hostages held by its militants in the Gaza Strip have been killed since Israel began bombarding the Palestinian territory. (Photo by TIMOTHY A. CLARY / AFP)

ISRAEL E PALESTINA TROCAM ACUSAÇÕES E IRÃ AMEAÇA ENTRAR NO CONFLITO

Chanceler iraniano diz que se genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados de fogo

Por Folhapress | Edição do dia 27/10/2023 - Matéria atualizada em 27/10/2023 às 04h00

Representantes de Israel e Palestina trocaram acusações na Assembleia Geral da ONU que acontece extraordinariamente por conta da guerra na Faixa de Gaza. O embaixador de Israel mostrou um vídeo de violência do Hamas contra israelenses. Já o observador da Palestina apelou para que vidas de crianças sejam preservadas.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, usou parte do tempo do seu discurso para mostrar um vídeo de pessoas sendo agredidas e decapitadas. Segundo ele, as imagens são do ataque do Hamas em Israel no dia 7 de outubro.

Ao mostrar o vídeo, Erdan afirmou que o Hamas produz esse tipo de conteúdo como uma forma de “violência sádica” para aterrorizar, “colocar medo no coração dos israelenses”.
O embaixador também disponibilizou um QR Code para que os interessados possam ver mais fotos e vídeos do que ele diz ser ataques do Hamas contra israelenses.
Isso aconteceu ontem, durante a reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU, que debate exclusivamente a guerra entre Israel e Hamas. O encontro foi convocado por pressão de diversos países, incluindo o Brasil, após a falta de acordo no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.
Erdan ainda usou seu tempo de fala para criticar as resoluções sobre a guerra debatidas na ONU. Segundo ele, as propostas que foram feitas até agora são absurdas porque não citam o Hamas.
Eles querem uma resolução esvaziada de conteúdo relacionado à situação. Essa resolução é um abuso à sua inteligência”

Em sua fala, o observador permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, destacou o número de mulheres e crianças mortas na guerra.

Mansour apelou para que os outros países “escolham a paz”. Ele pediu o fim da guerra para que vidas sejam salvas. “É essa a guerra que alguns de vocês estão defendendo? Essa guerra pode ser defendida? Esses são crimes, barbárie. Parem-na pelas vidas que ainda podem ser salvas”, prosseguiu, com a voz embargada.
O embaixador israelense respondeu ao discurso do observador palestino afirmando que não se trata de paz e que a guerra não é contra os palestinos, e sim contra o Hamas

IRÃ

Também hoje na Assembleia Geral da ONU, o Irã fez o que está sendo interpretado como uma ameaça aos Estados Unidos por conta do apoio do país a Israel. O chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian, disse que se os EUA não pararem de financiar “o genocídio em Gaza, eles não serão poupados desse fogo”.
“Estamos dizendo aos EUA que, se a operação de genocídio continuar, não iremos apenas assistir”, disse Abdollahian. “Se o genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados de fogo”, alertou.

Segundo o iraniano, o Hamas não deve ser classificado como um grupo terrorista. Da mesma forma, ele entende os ataques do grupo a Israel no dia 7 de outubro como uma reação aos anos de ocupação israelense em território palestino.

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