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Nº 5900
Política

ISRAEL BOMBARDEIA CAMPO DE REFUGIADOS NA FAIXA DE GAZA

Hamas fala em 50 mortos; forças israelenses dizem ter matado muitos integrantes do grupo terrorista

Por Folhapress | Edição do dia 01/11/2023 - Matéria atualizada em 01/11/2023 às 04h00

Uma explosão em um campo para refugiados na cidade de Jabalia, no norte de Gaza, deixou 50 mortos e mais de 100 feridos. O número é do Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo grupo terrorista Hamas, e não foi confirmado de forma independente.

O porta-voz do Ministério do Interior de Gaza (também administrado pelo Hamas), Ayed al-Bazm, disse em entrevista coletiva que seis bombas atingiram blocos de apartamentos em uma área residencial do campo de refugiados.

O ministério da Saúde disse que a explosão foi causada por um ataque aéreo israelense.

O coronel Richard Hecht, porta-voz do exército de Israel, afirmou que as forças armadas do país atacaram o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

Os israelenses afirmaram que mataram “muitos terroristas do Hamas”, inclusive Ebrahim Biari, que comandava um batalhão do Hamas e que foi um dos líderes do ataque terrorista do dia 7 de outubro contra o território de Israel.

Segundo os israelenses, esse batalhão do Hamas também havia tomado controle de prédios civis na Cidade de Gaza.

O exército de Israel disse também que, depois do bombardeio, alguns túneis do Hamas foram destruídos.

Um fotógrafo da agência de notícias Reuters tirou fotos do local da explosão no campo de refugiados de Jabalia. Nelas, palestinos procuram sobreviventes e retiram corpos dos escombros.

EXPLOSÃO EM HOSPITAL

Dias atrás, uma explosão no hospital Ahli-Arab, na Cidade de Gaza, chocou o mundo e colocou a guerra entre Hamas e Israel em seu momento mais tenso desde o início dos conflitos. Centenas de pessoas morreram e as duas partes se acusaram mutuamente pelo ataque, apresentando diferentes versões do caso.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas foi o primeiro a se manifestar. Abbas, que atualmente controle a Cisjordânia, acusou Israel e falou de um “genocídio” e uma “catástrofe humanitária”.

Em seguida, as Forças Armadas de Israel, após dizerem que investigariam o caso, apontaram como responsável a Jihad Islâmica, outro grupo armado que também atua dentro de Gaza. A Jihad Islâmica e o Hamas são aliados eventuais e também já rivalizaram. Ambos, no entanto, têm o mesmo objetivo final, que é a destruição do Estado de Israel.

Israel afirmou que foguetes da Jihad Islâmica que haviam sido disparados contra o território israelense erraram o alvo e atingiram o edifício do hospital.

O porta-voz da Jihad Islâmica, Daoud Shehab, negou a versão. Shehab afirmou que não havia operações das brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica, naquela área da cidade de Gaza.

Após a acusação das autoridades israelenses, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que vive no Catar, responsabilizou os Estados Unidos por “por acobertar as agressões de Israel”.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou de uma obra de “terroristas selvagens”, sem atribuir autoria.

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