
AL SE DESTACA NO ESTÍMULO À LEITURA NAS PRISÕES
No primeiro semestre de 2023, o estado de Alagoas se destacou nacionalmente com 60% de seus presídios implementando projetos de leitura, superando a média no Brasil. Esses dados, divulgados no Censo Nacional de Práticas de Leitura no Sistema Prisional, pr
Por tatianne lopes | Edição do dia 01/11/2023 - Matéria atualizada em 01/11/2023 às 04h00
No primeiro semestre de 2023, o estado de Alagoas se destacou nacionalmente com 60% de seus presídios implementando projetos de leitura, superando a média no Brasil. Esses dados, divulgados no Censo Nacional de Práticas de Leitura no Sistema Prisional, produzido como parte do programa “Fazendo Justiça” pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicam uma tendência positiva na promoção da leitura no sistema carcerário alagoano, enquanto a média no Brasil ficou em 54,7%.
O levantamento do CNJ, referente ao primeiro semestre, demonstrou que atualmente todas as unidades prisionais em Alagoas contam com projetos de leitura. Além disso, a previsão da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) é que o percentual de presídios alagoanos com bibliotecas aumente para 80%.
Outro aspecto de destaque é que Alagoas apresenta um dos menores percentuais de estabelecimentos prisionais com restrições de acesso às bibliotecas, com apenas 14%, o que é inferior ao parâmetro médio nacional de 21%. Estados que registram os menores percentuais de restrições de acesso às bibliotecas incluem Mato Grosso do Sul e Maranhão, com 15%, Alagoas e Rio de Janeiro, com 14%, Rio Grande do Sul, com 13%, São Paulo, com 12%, Paraíba, Amazonas e Rondônia, com 10%, e Ceará, com 5%.
A campanha “Livros que Libertam”, realizada em setembro deste ano, envolvendo setores público, privado e a sociedade, resultou na arrecadação de 22,8 mil livros. Nesse mesmo mês, a Seris entregou uma biblioteca no Presídio de Segurança Máxima de Maceió (PSMM) com mais de 5,5 mil exemplares, parte de uma doação que reforça as ações de educação implementadas pelo governo do Estado e a secretaria.
Várias unidades prisionais em Alagoas, incluindo PSMM, Baldomero Cavalcante, Núcleo Ressocializador da Capital (NRC), Presídio do Agreste e Santa Luzia, já contam com bibliotecas e projetos de leitura. Além disso, estão em andamento os planos de implantação de bibliotecas nas unidades Penitenciária de Segurança Máxima de Alagoas (PenSM) e Presídio Professor Cirydião Durval, com projetos de leitura já em execução. Essas iniciativas estão contribuindo significativamente para a promoção da leitura e educação no sistema prisional alagoano.
No que se refere às restrições ao acervo bibliográfico em estabelecimentos prisionais, Alagoas apresenta uma taxa de 29%, enquanto a média nacional no Brasil é de 39%. Em Alagoas, há um envolvimento ativo em iniciativas relacionadas à leitura em todo o sistema prisional. No total, existem seis práticas e projetos de leitura em andamento, envolvendo 821 livros e alcançando 536 leitores. Isso resulta em uma média de 1,5 livros por leitor no estado. No âmbito nacional, o cenário é mais amplo, com 75.304 leitores participantes e um envolvimento de 390.012 obras, o que se traduz em uma média de 5,2 livros por leitor em todo o país.