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Quilombolas come�am a ser reconhecidas

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FÁTIMA ALMEIDA Ontem, Dia Internacional de Combate ao Racismo, representantes de dez comunidades quilombolas receberam do governo do Estado as certidões de reconhecimento, passo inicial para que seja deslanchado, pelo Incra, o processo de titulação de terras para futuras demarcações. Segundo o secretário das Minorias, Zezito Araújo, a meta do governo é atingir as 40 comunidades hoje identificadas. O documento, na opinião da representante da Fundação Cultural Palmares, Miriam Caetano, é de grande importância na luta pela posse da terra. Para a quilombola Dione Araújo, da comunidade Cruz, de Delmiro Gouveia, as certidões significam o fortalecimento da luta pelo direito à terra. “Hoje eu tenho orgulho de ser remanescente de quilombo. Antes sentia vergonha. Hoje não temos terra para trabalhar. Ganhamos R$ 5 por dia trabalhando para os outros. Amanhã, certamente estaremos trabalhando para nós mesmos, em nossas terras”, disse ela. Na mesma solenidade, presidida, no Palácio dos Martírios, pelo governador em exercício, Luís Abílio, os quilombolas entregaram ao superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Alagoas (Incra), Gino César Menezes, documentos de intenção de compra de duas áreas que não estão em litígio: Quilombo, em Santa Luzia do Norte, e Cajá dos Negros, em Batalha. “O governo federal já colocou o seu compromisso com os quilombolas no Orçamento de 2005. Em abril iniciaremos as vistorias que vão transformar essas áreas em símbolo de resistência negra, criando os assentamentos quilombolas”, respondeu Gino César.

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