Secret�rios boicotam sess�o da C�mara

| PETRÔNIO VIANA Repórter A sessão especial marcada para a tarde de ontem, na Câmara de Vereadores de Maceió, com o objetivo de debater o projeto de reforma na estrutura administrativa da prefeitura municipal, acabou não sendo realizada. A sessão pretendia reunir vereadores e membros de entidades representativas da sociedade para discutir os questionamentos, ouvir as sugestões dos servidores e analisar os pontos mais polêmicos da proposta. Foram convidados a participar da sessão os secretários municipais de Planejamento, Elionaldo Magalhães, de Finanças, Fernando Dacal, de Administração, Regina Helena, além da vice-prefeita de Maceió, Lourdinha Lyra. Nenhum deles compareceu ao plenário da Câmara para participar do evento. Estiveram presentes os representantes do movimento Pró-Justiça e Cidadania, da Federação das Associações de Moradores de Maceió (Famoal), da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindspref). Os representantes de entidades demonstraram indignação com a ausência de todos os membros da administração pública que foram convidados. “É uma falta de consideração com os trabalhadores e com o povo de Maceió”, desabafou Sidney Lopes, do Sindspref. O vereador Judson Cabral (PT), um dos propositores da sessão e um dos três parlamentares que compareceram ao encontro, não quis fazer “julgamento de mérito” sobre a ausência dos convidados, mas anunciou que vai enviar um novo requerimento solicitando a presença dos secretários e da vice-prefeita na sessão da próxima quarta feira, quando pretende realizar o debate. “O debate vai ser feito de qualquer forma. Eu acredito que até quinta-feira essa reforma ainda não terá sido aprovada”, disse o vereador petista, na tentativa de acalmar os ânimos dos representantes das entidades. “O importante é debater a proposta com os integrantes da administração. Eu acho que é uma questão de interesse. Para debater só entre a gente, não vai ter a eficácia que nós queremos”, lamentou Judson. O parlamentar prometeu ampliar o debate, convidando outros segmentos sociais. As entidades envolvidas planejam organizar um ato público em frente à Câmara Municipal no dia da votação da proposta.