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Nº 5824
Política

CEI DA BRK MONITORA COBRANÇA INDEVIDA DE TAXA DE ESGOTO

Vereadores dizem estar monitorando as localidades que não possuem saneamento básico

Por thiago gomes | Edição do dia 08/11/2023 - Matéria atualizada em 08/11/2023 às 04h00

Os vereadores de Maceió que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da BRK Ambiental avaliam a possibilidade de pedir a suspensão da taxa de esgoto, cobrada pela companhia, em localidades onde não há saneamento básico comprovado. Eles receberam a denúncia da suposta cobrança indevida e estão monitorando as áreas antes de pedir providências.

O presidente da comissão, vereador João Catunda (PP), informou à Gazeta que o grupo está trabalhando mesmo que os holofotes não estejam aparecendo. Segundo ele, todos os passos estão sendo dados em conjunto com o Ministério Público de Alagoas (MPAL).

“Estamos trabalhando na ‘calada’ para facilitar a atuação dos órgãos de controle na averiguação das atividades desenvolvidas em Alagoas pela BRK Ambiental. Recebemos documentos da própria empresa, após solicitação que fizemos, e estamos analisando tudo. Percebemos que boa parte da cidade não tem tratamento de esgoto e, mesmo assim, a população paga por ele”, revelou.

Ele citou, como exemplo, o bairro de Chã da Jaqueira que possui esgoto a céu aberto em diversas ruas e ainda assim a taxa de esgoto é cobrada na tarifa mensal da BRK.

“Estamos reunindo todas as informações referentes a esta cobrança, monitorando as localidades que não possuem saneamento básico e pretendemos encaminhar ao Ministério Público. Além disso, vamos pedir esclarecimentos à BRK acerca desta cobrança que seria indevida aos consumidores. Após isso, vamos pedir a suspensão desta taxa”, revelou Catunda.

O vereador informou que uma equipe técnica está nas ruas fazendo o mapeamento destas ruas em que a cobrança da taxa de esgoto é feita indevidamente. Até a semana que vem, ele disse que pretende concluir esta etapa.

A comissão ainda continua de olho nas denúncias feitas pela população de que a BRK tem cobrado pela troca de hidrômetros nos imóveis. Os valores relatados ao grupo dão conta de que a empresa cobra mais de R$ 370 pela mudança do aparelho (contador de água), que é um instrumento de medição volumétrica de água utilizada. O presidente da concessionária, em audiência pública na Assembleia Legislativa, negou a cobrança aos consumidores.

Dentro do cronograma de atividades, a CEI da BRK se programa para realizar audiências populares nos bairros. Em seguida, há planos para a mesma atividade acontecer na região de Chã da Jaqueira. A CEI também é composta pelos vereadores Pastor Oliveira Lima (Republicanos), Fábio Rogério (PSB), Olívia Tenório (MDB), Eduardo Canuto (PV), Leonardo Dias (PL) e Davi Davino (PP), ocupando a suplência.

A intenção do grupo é discutir o serviço que a empresa BRK tem dado aos maceioenses, apurando as denúncias de transtornos, aumento abusivo das taxas de esgoto, qualidade da água e os problemas nas vias públicas com obras intermináveis e inacabadas.

Em nota, a BRK garantiu que a cobrança da taxa de esgoto na Chã da Jaqueira ainda não foi ativada, uma vez que a região ainda será beneficiada com a universalização do acesso aos serviços de esgotamento sanitário, conforme previsto no contrato de concessão.

A empresa avisou que, caso os clientes identifiquem eventuais inconsistências em suas faturas, devem entrar em contato pelos canais oficiais ou procurar atendimento em uma das lojas da BRK para resolver essas questões.

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