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Nº 5824
Política

CATAR NEGOCIA CESSAR-FOGO NA FAIXA DE GAZA EM TROCA DE REFÉNS

Israel rejeita qualquer tipo de trégua até que os reféns sejam libertados

Por Metrópoles | Edição do dia 09/11/2023 - Matéria atualizada em 09/11/2023 às 04h00

O Catar está mediando a negociação por uma trégua humanitária de três dias na Faixa de Gaza em troca da libertação de 12 reféns, incluindo seis americanos, disse uma fonte próxima ao Hamas. Israel afirma que o movimento islâmico palestino perdeu o controle do norte do enclave e que milhares de habitantes fugiram para o sul.

“As discussões dizem respeito à libertação de 12 reféns, metade deles americanos, contra uma trégua de três dias, para permitir ao Hamas liberar os reféns”, disse a fonte, falando sob condição de anonimato.

Em Doha, outra fonte anônima próxima das discussões, indicou anteriormente que o Catar liderava a mediação "em coordenação com os Estados Unidos (...) para obter a libertação de 10 a 15 reféns em troca de um cessar-fogo de um a dois dias".

Segundo a fonte, próxima do Hamas, as discussões estão paralisadas neste momento "sobre a duração" da trégua e a inclusão num possível acordo do "norte da Faixa de Gaza, palco de operações de combate em grande escala". “O Catar está aguardando uma resposta dos israelenses”, acrescentou.

A trégua deverá também permitir ao Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, “entregar mais ajuda humanitária” ao território palestino sitiado, através da passagem de Rafah, segundo a mesma fonte.

“Não comento nenhuma negociação”, disse o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy.

Mais de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza no dia do ataque de comandos do Hamas a Israel, em 7 de outubro. Vários estrangeiros, incluindo dez americanos, estão entre os reféns.

Pelo menos 1.400 pessoas morreram em Israel durante o ataque que desencadeou uma guerra, segundo as autoridades israelenses.

Na Faixa de Gaza, a retaliação de Israel, que diz querer destruir o Hamas, deixou 10.569 mortos, incluindo 4.324 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, organização que governa a região.

Israel recusa qualquer trégua humanitária até que os reféns sejam libertados, apesar dos apelos urgentes da ONU, de ONGs e outros países para um cessar-fogo ou uma pausa que permita a entrega de ajuda à população que está privada de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.

Os ministros das Relações Exteriores do G7, o grupo dos sete países mais ricos do mundo, reunidos na quarta-feira em Tóquio, expressaram seu apoio a “pausas e corredores humanitários” em Gaza.

O Catar, que acolhe um gabinete político do Hamas e forneceu milhões de dólares em ajuda financeira a Gaza, esteve envolvido na mediação que permitiu a libertação de quatro reféns em outubro: uma americana e a sua filha e duas israelenses.

O Estado rico em gás também é um aliado próximo dos Estados Unidos, abrigando a maior base militar americana da região.

No domingo (5), o primeiro-ministro e ministro de Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, afirmou que seu país continuaria a mediar o conflito, apesar das dificuldades no terreno "causadas pelas ações da ocupação israelense".

De acordo com o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, o Hamas perdeu o controle do norte da Faixa de Gaza, enquanto milhares de residentes deixaram a área em direção ao sul do enclave palestino. "Vimos 50 mil habitantes de Gaza deslocando-se do norte da Faixa de Gaza para o sul. Eles estão se deslocando porque entendem que o Hamas perdeu o controle no norte", disse ele durante uma coletiva de imprensa.

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