Política
Lessa explica ingresso no PDT a Lula

| ODILON RIOS Repórter O governador Ronaldo Lessa (PDT) confirmou ontem que deve se encontrar com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir os rumos políticos alagoanos e a mudança de partido do governador. Lessa ingressou em fevereiro no PDT, sigla de oposição ao governo federal. Vamos conversar sobre MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra] e PDT, disse Lessa, pouco antes de entregar 151 viaturas à Secretaria de Defesa Social (SDS) ontem, no estacionamento do Jaraguá. A assessoria do Palácio Floriano Peixoto e a Presidência da República estão articulando o encontro. Tentamos marcar um encontro, mas quem iria me receber era o José Dirceu [ministro chefe da Casa Civil] e eu senti que seria rápido, afirmou o governador, que pediu nova audiência com Lula. Sobre o MST, Lessa tentará descobrir se as negociações entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o movimento avançaram ou ainda existe a condição para a saída do superintendente alagoano do Incra, Gino César, como sustenta o movimento, há um mês. Ontem, também pouco antes de começar a entrega simbólica das viaturas à SDS, a secretária coordenadora de Articulação, Fátima Borges, disse que o governador, mesmo que não consiga aproximar o PDT do governo federal, continuará no partido: No momento em que ele foi ao PDT, foi consciente de sua missão. Se por acaso vier a não acontecer, continuará no PDT, vislumbrando uma missão mais à frente, completou. Reclamações Ontem, o governador Ronaldo Lessa comemorou seu aniversário de 56 anos distribuindo viaturas, inaugurando o memorial Teotônio Vilela, na Pajuçara, e enfrentando críticas do vereador-pastor João Luiz (PMDB). AS críticas foram na rádio Paraíso, de propriedade do pastor, no programa Dia a Dia com Deus, que está no ar há 17 anos. O vereador disse que o Palácio Floriano Peixoto é um cabide de emprego dramático e perguntou a função de três secretários estaduais: Thereza Collor, Patrícia Mourão e Alberto Sextafeira. O pastor também reclamou do prefeito Cícero Almeida (sem partido) porque tinha lançado seu terceiro CD de forró. Eu não acredito que o povo queira um prefeito forrozeiro, mas trabalhador. O governador e o prefeito disseram que não tinham tomado conhecimento das críticas do pastor.