Política
BAIRRO DO PINHEIRO VOLTA A REGISTRAR TREMORES DE TERRA
Segundo a Defesa Civil de Maceió, foram cinco abalos sentidos entre domingo e essa terça-feira (28)


A Defesa Civil de Maceió informou ontem, por meio de nota, que mais tremores de terra foram registrados no bairro Pinheiro, em Maceió. Foram cinco abalos sísmicos entre domingo e essa terça-feira, relatados por moradores da região.
Segundo a nota enviada à imprensa, as causas dos tremores estão sendo avaliadas e discutidas entre técnicos. “O órgão reforça que os mesmos não possuem magnitude para causarem danos nas regiões atingidas pelo afundamento do solo, bem como nas áreas adjacentes”, informa.
O órgão municipal ressaltou que os abalos sísmicos foram detectados por aparelhos de alta tecnologia, que registraram as movimentações milimétricas do solo.
“A Defesa Civil se mantém alerta e monitorando ininterruptamente toda a área afetada, a fim de garantir segurança na ocorrência de qualquer eventualidade”, finaliza a nota.
AFUNDAMENTO
O bairro do Pinheiro é um dos cinco afetados com o afundamento do solo em decorrência da extração da sal-gema pela Braskem. Além dele, também foram atingidos pelos serviços de mineração Bebedouro, Bom Parto, Mutange e parte do Farol.
O problema nos bairros atingidos pelos trabalhos da Braskem ocorrem desde março de 2018, quando tremores foram sentidos pela primeira vez pela população.
Desde então, segundo os órgãos que acompanham a situação, cerca de 60 mil pessoas precisaram sair de suas residências por causa da instabilidade do solo, que deixou milhares de casas com rachaduras.
MUTANGE
Ainda neste mês, moradores do Mutange também relataram que sentiram tremores no bairro. Em nota encaminhada à imprensa, a Defesa Civil de Maceió disse que havia registrado dois eventos sismológicos na área evacuada do bairro. O primeiro (11h58) teve magnitude local de 1.15 e o segundo (13h44), magnitude local de 1.38.
No último final de semana, o engenheiro e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Abel Galindo, disse à imprensa que os tremores ocorrem devido à acomodação do subsolo, mas que eles não apresentam risco imediato à população.
Por causa dos abalos na região, a Braskem suspendeu as atividades de preenchimento do solo. A Gazeta pediu um posicionamento da mineradora sobre os novos abalos sísmicos, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.