loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sábado, 28/06/2025 | Ano | Nº 5999
Maceió, AL
25° Tempo
Home > Política

Política

COP 28: LULA PEDE PRIORIDADE PARA O CLIMA: ‘A CONTA CHEGOU’

Presidente disse ser preciso trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Dubai, Emirados Árabes Unidos, 01.12.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa na sessão de abertura da Presidência da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai.  Foto: Ricardo Stuckert/PR
Dubai, Emirados Árabes Unidos, 01.12.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa na sessão de abertura da Presidência da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), em Dubai. Foto: Ricardo Stuckert/PR -

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nessa sexta-feira (1º) seu primeiro discurso na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes.

Durante a fala, ele afirmou que gastos com armas deveriam ser usados contra a fome e a mudança climática, como o impacto climático afeta o Brasil e sobre a necessidade de ter uma economia menos dependente de combustíveis fósseis.

A conferência do clima — que deve durar duas semanas — é um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas visando debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.

Lula disse durante o discurso que o mundo gasta mais em armas, e que a quantia poderia ser usada no combate à fome e no enfrentamento à mudança do clima. “Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres”.

O presidente afirmou que “o mundo naturalizou disparidades inaceitáveis de renda, de gênero e de raça, e que não é possível enfrentar a mudança do clima sem combater a desigualdade”.

Lula também criticou a postura da ONU sobre a incapacidade de manter a paz, “simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra”. A Organização das Nações Unidas tem Rússia, Ucrânia e Israel como países-membros, por exemplo.

“Governantes não podem ser eximidos de suas responsabilidades. Nenhum país resolverá seus problemas sozinho. Estamos todos obrigados a atuar juntos, além de nossas fronteiras. O Brasil está disposto a liderar pelo exemplo. Ajustamos nossas metas, que são hoje mais ambiciosas do que a de muitos países desenvolvidos”, disse.

AMAZONAS E RS

Lula afirmou também que a Amazônia amarga uma das “mais trágicas secas de sua história”. Ele também citou que, no sul, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito “de destruição e morte”.

“A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes”, afirmou.

No Amazonas, a seca atingiu ao menos 62 duas cidades e afetou o cotidiano de pelo menos 600 mil pessoas. A região Sul, por sua vez, registrou 71 dos 92 alertas emitidos ao governo federal nos últimos dez anos por conta desse fenômeno natural.

Relacionadas