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Nº 5759
Política

VELOCIDADE DE AFUNDAMENTO DE MINA CAI, MAS MACEIÓ SEGUE EM ALERTA

Último boletim aponta para estabilização e mostra que o deslocamento vertical acumulado é de 1,80m

Por regina carvalho | Edição do dia 05/12/2023 - Matéria atualizada em 05/12/2023 às 04h00

Maceió inicia a semana ainda na expectativa sobre a situação no bairro Mutange, na região do antigo campo do CSA, ponto crítico onde está situada a mina 18, que afunda devido à extração de sal-gema na região. Ontem, a Defesa Civil Municipal informou que o órgão permanece em alerta máximo, mesmo com a redução na velocidade do afundamento.

O último boletim, na noite de segunda-feira, aponta para uma estabilização e mostra que o deslocamento vertical acumulado da mina 18 é de 1,80m e a velocidade vertical é de 0,26 cm por hora, apresentando um movimento de 6,3 cm em 24 horas.

Dois cenários são considerados neste momento: o colapso propriamente dito, com a formação de ‘shinkholes’, que são escorregamentos de terra que criam enormes crateras; ou de autopreenchimento da mina, causando a chamada subsidência, um afundamento mais gradativo da superfície da terra. O último é, no momento, o mais provável, devido à redução da velocidade.

“Sempre estivemos monitorando a situação e tínhamos uma velocidade de afundamento de milímetros. Quando foi na última semana, passou de centímetros por hora. Isso, então, foi uma mudança muito grande”, destaca o coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre. A velocidade aumentou, e muito, entre os dias 28 e 29 de novembro.

Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

Na manhã de ontem, o deslocamento vertical acumulado era de 1,77m e a velocidade vertical caiu para 0,25 cm por hora, a quarta redução consecutiva.

Na última sexta (1º), o solo estava afundando à velocidade de 2,6 cm/hora e desacelerou para 1 cm/hora no mesmo dia. No fim de semana, caiu mais uma vez, passando para 0,7 cm/hora, e depois para 0,3 cm/hora no domingo (3).

Relatório do Ministério de Minas e Energia, emitido no domingo, aponta a redução do ritmo de subsidência do terreno e redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala observadas ontem apresentaram melhora nas últimas 24h.

“O quadro neste domingo foi considerado melhor do que o verificado no sábado (2/12), que já havia sinalizado uma melhora em relação à sexta-feira (1/12). A velocidade de subsidência, de 15 centímetros por dia registrada ontem (sábado) hoje (domingo) apresentou uma redução para cerca de 10 centímetros/dia. A acomodação da velocidade de afundamento, embora menor que nos dias anteriores, ainda é alta quando comparada a média anual registrada antes dos eventos que tiveram início a partir do dia 6 de novembro de 2023” , informa trecho do relatório.

De acordo com a Sala de Situação, mesmo com a desaceleração do deslocamento vertical, os técnicos do Ministério de Minas e Energia, do SGB e da ANM mantêm a avaliação de que cuidados devem continuar rígidos e o acompanhamento, integral.

NOTA DO BRASKEM

Em nota, a Braskem também reforçou que a velocidade do afundamento tem diminuído. Já no domingo (3), o Serviço Geológico do Brasil (SGB / CPRM) divulgou um relatório apontando que o afundamento do solo da mina 18, no Mutange, deve acontecer de forma localizada. O documento confirmou que há uma estabilização da situação, com redução do ritmo de afundamento e redução da probabilidade de deslocamentos de terra em larga escala.

“A velocidade de acomodação do solo no entorno da mina 18 vem diminuindo nos últimos dias, de acordo com informações divulgadas em notas da Defesa Civil e do Ministério das Minas e Energia. A Defesa Civil também informou que não houve mais registro de microssismos. No entanto, todas as medidas de prevenção e segurança das pessoas devem ser respeitadas. As áreas de serviço da Braskem em torno da mina 18 continuam isoladas, e o monitoramento feito 24 horas por dia segue sendo compartilhado com as autoridades”.

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