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Nº 5808
Política

DESLOCAMENTO ACUMULADO DA MINA 18 ULTRAPASSA 2M, DIZ DEFESA CIVIL

Afundamento da mina faz a água da lagoa Mundaú avançar na área que antes era seca

Por rayssa cavalcante | Edição do dia 08/12/2023 - Matéria atualizada em 08/12/2023 às 04h00

A Defesa Civil de Maceió informou, na tarde de ontem, que o deslocamento vertical acumulado da mina 18 da Braskem, no bairro do Mutange, já chega a 2,02m. A velocidade vertical atual é de 0,21cm por hora, com movimento de 5,2cm em 24 horas.

Segundo informações do órgão, a região permanece em alerta em razão da ameaça de colapso, na região do antigo campo do CSA.

De acordo com os técnicos, não é possível dizer que o solo está se estabilizando porque a variação entre aumento e desaceleração tem sido constante nos últimos dias. Por isso, o monitoramento continua sendo feito 24 horas por dia.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, diz a nota.

À medida que o solo sobre a mina da Braskem afunda, a água da lagoa Mundaú avança na área que antes era seca. Imagens aéreas gravadas na quarta-feira mostram a terra cada vez mais encharcada.

“A gente percebeu ali aumento das rachaduras, que já eram visíveis alguns dias atrás. Há um avanço, ainda que seja mínimo, da lagoa sobre aquele aterro. Então, a gente faz esses voos diariamente para ver justamente essa mudança em cada dia”, disse o coordenador do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió, Hugo Carvalho.

CEPA

Na manhã de ontem, moradores do bairro do Farol ficaram assustados após relatos de tremores de terra na região do Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa). Funcionários da Secretaria de Estado da Educação (SEE), que funciona no complexo educacional, chegaram a acionar a Defesa Civil municipal.

Os servidores estavam trabalhando na Superintendência de Valorização de Pessoas, dentro do Cepa, quando disseram sentir o chão tremer. Segundo a SEE, não houve correria de funcionários nem de alunos.

O município informou que os equipamentos instalados na região não registraram sismos, mas enviou duas equipes até o complexo para “tranquilizar a população”.

“Não estamos registrando sismos na região já há alguns dias. Existem os microssismos, mas sismos com percepção humana a gente não tem registrado durante esses dias. Não observamos nada aqui nos nossos aparelhos. A equipe procurou conversar com esses funcionários e até mesmo fazer uma vistoria do local”, disse Hugo Carvalho.

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