PARTIDOS INDICAM NOMES PARA COMPOR CPI DA BRASKEM NO SENADO

O drama dos moradores de cinco bairros afetados pela exploração da sal-gema pela Braskem entrou na pauta do Senado Federal, com a indicação de sete dos 11 representantes de partidos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a responsabilidade da mineradora no desastre causado em Maceió.

Com o número de sete (maioria), a instalação do colegiado já será possível. Na próxima quarta-feira (13), esses parlamentares devem se reunir para instalar a comissão proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB).

Os nomes que vão compor inicialmente as investigações são os de Renan Calheiros (MDB), Kajuru (PSB-GO), Omar Aziz (PSD-AM), Efraim Filho (União-PB), Wellington Fagundes (PL-MT) e Eduardo Gomes (PL-TO). Magno Malta é suplente pelo PL. Há expectativa de que Renan venha a ser escolhido como relator. Omar Aziz é cotado para presidência.

O PDT apontou Cid Gomes para assumir uma cadeira, já Leila (PDT-DF) figura na vaga de substituta. Entre os suplentes, estão ainda Cleitinho (Republicanos-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Jayme Campos (União-MT). O PP, Republicanos e o PT ainda não indicaram os nomes dos titulares.

À Gazeta, Renan afirmou ontem que as diligências da CPI têm “caráter humanitário e pedagógico”. “Papel da comissão é investigar responsabilidades jurídicas e assegurar as justas indenizações às vítimas, ao estado e às cidades afetadas. Vamos começar, claro, ouvindo as principais testemunhas e as pessoas que mais importam: as vítimas”, detalhou Renan.

O parlamentar destacou que, com a indicação dos nomes, a CPI da Braskem torna-se uma “realidade”. “É um fato graças à sensibilidade dos senadores que a apoiaram (45) e à indicação dos integrantes pelos líderes partidários. Papel determinante teve a sociedade de Alagoas e, principalmente, de Maceió”, finalizou o senador.

Os trabalhos da comissão podem durar até 180 dias..