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Nº 5759
Política

PREFEITURA INVESTIGA SE MINA COLAPSOU OU ROMPEU PARCIALMENTE

Novo equipamento para detectar as movimentações do terreno foi instalado no local ontem pela Brakem

Por Hebert Borges | Edição do dia 13/12/2023 - Matéria atualizada em 13/12/2023 às 04h00

A Prefeitura de Maceió vai investigar se o evento geológico desse domingo (10) se tratou de um rompimento parcial, restrito ao trecho da Lagoa Mundaú, ou de um colapso.

Ontem, com auxílio de um helicóptero, a Braskem instalou um novo equipamento sensorial na área. Trata-se de um DGPS (GPS diferencial), capaz de monitorar a movimentação do solo, como o que deixou de ser detectado no último domingo (10). O equipamento perdido foi responsável por realizar as medições de afundamento da cavidade nos últimos 15 dias, desde quando começaram os alertas de risco iminente de colapso.

Esse sensor se perdeu com o desabamento. Segundo a mineradora, o sinal dele deixou de ser detectado por volta das 14h42 do domingo. O novo material colocado na localidade está agora em fase de teste, informou a empresa, que é responsável pela manutenção das 30 minas existentes na região.

A Braskem disse ainda que “os dados dos demais DGPS instalados na área continuam sendo coletados e não há registro de movimentações atípicas”.

“A região afetada pelo rompimento e as demais no entorno dos poços de sal seguem sendo monitoradas 24 horas por dia. Reforçamos que o evento se concentrou na mina 18, sem vítimas, já que a área estava desocupada, e o monitoramento não indica comprometimento de minas próximas”, ressaltou Abelardo Nobre, coordenador da Defesa Civil.

O ROMPIMENTO

Parte da mina 18 da Braskem, no bairro do Mutange, sofreu no domingo (10) um rompimento que pôde ser percebido em um trecho da Lagoa Mundaú.

Por volta das 13h15, câmeras que monitoram o entorno da cavidade registraram movimento diferente na água, provocando um redemoinho. Toda a região já estava isolada.

Mato semelhante ocorreu por volta das 13h45. O sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalado na região.

Horas antes de ceder, a velocidade de movimentação do solo na área da mina 18 tinha desacelerado, passando de 0,54 cm/h para 0,52 cm/h. O terreno no local já havia cedido 2,35 metros desde o dia 30 de novembro, quando essa medição passou a ser feita.

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