loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 26/06/2025 | Ano | Nº 5996
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Política

Política

MPF AJUÍZA AÇÃO CONTRA MINERADORA POR EXTRAÇÃO IRREGULAR DE AREIA

Empresa é acusada de extrair areia de forma irregular em área de proteção ambiental de Marechal Deodoro

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Imagem ilustrativa da imagem MPF AJUÍZA AÇÃO CONTRA MINERADORA POR EXTRAÇÃO IRREGULAR DE AREIA
-

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas ajuizou, ontem, uma ação civil pública (ACP) contra uma empresa (a serviço da Braskem) e seu proprietário (nomes não citados) por extração irregular de areia no município de Marechal Deodoro.

A ACP foi motivada por denúncias de que a empresa estaria atuando em área de proteção ambiental conhecida como “Dunas do Cavalo Russo”.

De acordo com o MPF, a mineradora desrespeitou os limites licenciados, suplantou vegetação de Mata Atlântica, degradou área de preservação permanente e até mesmo descumpriu determinações de sentença judicial anterior.

A ação pede que a ANM e o IMA/AL suspendam imediatamente licenças e autorizações ainda vigentes (ou se abstenham de renová-las) para a empresa. Além disso, a ação pede que a mineradora e seu proprietário sejam impedidos de continuar na atividade de extração mineral na região.

O MPF também pede que a mineradora e seu proprietário apresentem ao Ibama, no prazo de 60 dias, um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad), com o objetivo de restituir as funções ambientais da área onde ocorreu a exploração irregular de recursos minerais e do seu entorno.

Caso se verifique a impossibilidade de reparação do dano ambiental causado, deverão realizar medidas de compensação ambiental a serem indicadas pelo Ibama.

O MPF também pede que a mineradora seja condenada ao pagamento de indenização à União Federal no valor de R$ 7,8 milhões e de, pelo menos, R$ 100 mil pelos danos morais coletivos.

ÁREA DE PROTEÇÃO

No contexto do afundamento do solo causado pela exploração de sal-gema pela Braskem, que atingiu parcialmente cinco bairros de Maceió na margem da Lagoa Mundaú, a petroquímica assumiu o compromisso de adotar medidas para estabilização do solo. Dentre as ações necessárias estão os planos de fechamento de minas.

A empresa deve preencher com areia algumas das cavidades. Por força do acordo socioambiental (2020), o material deve ser licenciada. Em fevereiro deste ano, suspeitas de que a Braskem estaria fazendo uso de areia extraída irregularmente levaram o MPF a apurar a extração do material nas “Dunas do Cavalo Russo”, em Marechal Deodoro/AL.

Trata-se de uma área de proteção ambiental composta por dunas de areia, matas de restinga e manguezais. A área também serve de refúgio para aves migratórias e de abrigo para animais em extinção, como a tartaruga- marinha de couro.

A retirada irregular de areia local representa uma ameaça à biodiversidade da região e pode causar a erosão das dunas, o desmatamento da mata de restinga e a destruição dos manguezais.

Relacionadas