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Jo�o Lyra pode trocar o PTB pelo PMDB

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ODILON RIOS Repórter Uma nova estratégia começa a ser montada nos bastidores políticos em Alagoas: o possível ingresso do deputado federal João Lyra (PTB) no PMDB. Segundo apurou a Gazeta, a idéia teria partido do próprio deputado e oferecida ao presidente do Senado, senador peemedebista Renan Calheiros, que estaria estudando a proposta. Lyra tem tido encontros praticamente diários com o senador em seu gabinete, em Brasília, e estaria pressionando Renan a definir, ainda este ano, sua possível candidatura ao governo estadual. Entretanto, o senador Renan Calheiros continua sem resposta, haja vista seu destino político estar dependendo do desempenho do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Terceiro homem na escala do poder, Renan poderá se lançar como vice em uma chapa com Lula; unir o PMDB, que hoje está rachado, em torno de um nome próprio para a presidência ou quem sabe se lançar ao governo alagoano. Além de Lyra, Renan vem também recebendo pressões de prefeitos alagoanos. Dois deles estiveram em Brasília, semana passada, para conversar sobre seca e política: a presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), Rosiana Beltrão (PMDB), e o prefeito de Água Branca, Reinado Falcão (PSB). Até o governador Ronaldo Lessa (PDT) foi ao gabinete de Renan, segundo apurou a reportagem, apesar de Lessa ter negado o encontro, na última sexta-feira. Em cena Diante dessas suspostas dúvidas que povoam o senador, estaria entrando em cena João Lyra. Mesmo considerando cedo para pensar no jogo sucessório, em 2006, Renan estaria analisando a proposta de Lyra que é de entrar no PMDB e se candidatar ao governo do Estado. Mesmo tentando conquistar Renan, parlamentares mais próximos ao deputado federal dizem que se o presidente do Senado decidir lançar seu nome ao governo alagoano, Lyra também colocaria seu nome na disputa. Atualmente no PTB, Lyra tem uma atuação considerada independente, ou seja, vota em projetos sem a orientação do partido: “Se eu tiver que votar ‘sim’ e o partido disser ‘não’, voto no ‘sim’” disse o deputado, há um mês à Gazeta, acrescentando que não sairia do PTB e que estava satisfeito com seu partido. Os números do PMDB estariam agradando João Lyra: além do presidente do Congresso, o partido tem seis governadores, 23 senadores e 87 deputados estaduais. Em Alagoas, a sigla conta com 17 prefeitos, nenhum deputado estadual e, atualmente, faz um levantamento do número de vereadores no Estado. No PTB, são três senadores e 47 deputados federais e nenhum governador, até sexta-feira. Em Alagoas, são 19 prefeitos e 119 vereadores, além de dois deputados estaduais. A reportagem apurou que não existiriam dificuldades para o deputado entrar no PMDB. Isso porque o presidente estadual do partido é o próprio Renan. “Já ouvi falar dessa proposta, mas não foi no partido ou em Brasília”, disse o membro do PMDB, José Costa. Questionado sobre a existência de possíveis entraves de Lyra no PMDB, ele prefere não especular: “Em princípio, o que posso dizer é que nosso candidato ao governo do Estado é Renan Calheiros”. O assessor de comunicação do grupo João Lyra, Nelson Ferreira, também negou que existam entendimentos para a ida de Lyra para o PMDB, embora a informação circule livremente nos corredores da usina Guaxuma, de propriedade do deputado. ### Idéia agita o Palácio dos Martírios A estratégia do presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB) de intermediar a entrada de seu irmão, Robson Calheiros (PMDB), na Câmara Municipal de Maceió, por intermédio do deputado federal João Lyra (PTB), assustou o Palácio Floriano Peixoto. Tanto é que os articuladores políticos começam, amanhã, a fazer um mapeamento para conversar com lideranças peemedebistas no Estado e reestudar cargos na administração. O gestor de Articulação Colegiada, Pedro Alves, disse à Gazeta que pretende ouvir o PMDB e não descarta mudanças na equpe de governo para acomodar possiveis pemedebistas. “Isso foi uma tentativa para aproximar o PMDB da Prefeitura. Esses movimentos são normais”, disse Alves, tentando demostrar tranquilidade em relação ao assunto. A estratégia de atrair o PMDB vai ser feita paralelamente às conversações visando garantir filiações de prefeitos e vereadores no PDT, partido do governador Ronaldo Lessa, no interior alagoano. A Gazeta apurou que a prioridade é a operação para atrair o PMDB. O objetivo é evitar que em 2006 Renan fique ao lado de João Lyra, apesar de nos bastidores estar existindo um discreto “pacto por Alagoas”, estratégia em que o governo cessaria fogo em cima da administração municipal e vice-versa. O PMDB está afastado desde o ano passado do governo Ronaldo Lessa. Entregou secretarias e lançou candidato próprio à Prefeitura de Maceió, ficando em terceiro lugar nas pesquisas, mesmo com o apoio dos senadores Renan Calheiros e Teotonio Vilela Filho (PSDB). No segundo turno, quando se pensava que os dois senadores apoiariam o candidato governista, o então vice-prefeito Alberto Sextafeira (PSB), ambos surpreenderam, ao declarar neutralidade na campanha. O governador, desde o início do ano, tenta atrair Renan ao Palácio, mas o presidente do Congresso Nacional recusa, pelo menos por enquanto, a proposta de cargos.

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