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Política

Vices se preparam para tomar posse

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ODILON RIOS Repórter Com a decretação da prisão preventiva de prefeitos solicitada pela Polícia Federal (PF), vice-prefeitos começam a se preparar para a posse. Pela legislação eleitoral, o prefeito pode ficar afastado do cargo no máximo por quinze dias. Depois disso, deve pedir licença à Câmara de Vereadores, que pode ser com ou sem remuneração. Sem a comunicação, o prefeito perde automaticamente o cargo. O prazo para os prefeitos presos pela Operação Gabiru pedirem licença se encerra no próximo dia 1º quando completam seis meses de administração. Em Marechal Deodoro, por exemplo, o prefeito não esperou vencer o prazo e já repassou o cargo para sua filha. A Câmara aprovou a licença do prefeito Danilo Dâmaso (PMDB) por 30 dias, que pode ser prorrogada. Em seu lugar, assumiu, na última terça-feira, Danielli Dâmaso (PL), filha do prefeito. Dâmaso é um dos acusados de fraudar licitações da merenda escolar. Outros vice-prefeitos que esperam assumir o cargo são: Eraldo Pedro da Silva (PSB-São Luiz do Quitunde), Epson Pereira de Souza (PFL-Matriz do Camaragibe), Pedro Matias de Albuquerque (PTB-São José da Laje), José Maria Carlos de Mendonça (PV-Porto Calvo), Ademir José da Silva (PRP-Feira Grande), Arnaldo Soares de Brito (PSB-Canapi) e José Borges (PSB-Igreja Nova). Estes vice-prefeitos são tão poucos conhecidos que ganharam até um apelido nos corredores da Associação dos Municípios de Alagoanos (AMA): ?Prefeitos na expectativa? ou ainda ?sem valor?. Um dos vices é praticamente analfabeto, como Eraldo Pedro, de São Luiz do Quitunde, que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que apenas lia e escrevia; outro, José Borges, é o mais velho de todos estes vices: tem 76 anos. A maioria, porém, na categoria ?instrução?, conforme dados do TSE, tem o ensino fundamental ou médio incompletos. mau exemplo Essa não é a primeira vez que um prefeito é preso e continua recebendo salário. Um caso emblemático de afastamento de prefeito foi em Satuba, em que o então prefeito Adalberon de Moraes (PMDB) foi preso em 2003 acusado na morte de um assessor parlamentar e do professor Paulo Henrique Bandeira, que denunciou desvio de verbas do Fundef. Mesmo preso, Adalberon recebia seu salário normalmente e chegou a despachar alguns documentos e assinar cheques. A Câmara de Vereadores, alegando não ter recebido nenhuma documentação que comprovassem as acusações, não afastou o prefeito. O vice-prefeito Zezito Costa (PMN) assumiu a prefeitura, mas nunca foi empossado prefeito. O mandato de Adalberon acabou em dezembro do ano passado.

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