Política
Monitores do Peti deixam de receber

ODILON RIOS Repórter A falta de verbas no orçamento municipal para o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) é a nova justificativa para um embate político entre a ex-prefeita e atual secretária de Saúde, Kátia Born (PSB) e o prefeito Cícero Almeida (PTB). Segundo a secretária de Assistência Social, Ivone Torres, a ex-prefeita deixou de prever no orçamento do município as despesas referentes ao Peti. Como conseqüência, a Secretaria de Assistência Social está sem recursos para pagar parte dos monitores da jornada ampliada do Peti. As conseqüências, de acordo com a secretária, foram sentidas este ano: parte dos monitores não recebeu salário e as parcelas de janeiro, fevereiro e março só saíram no dia 17 de abril. Até abril, pagávamos atrasado, também por causa do atraso do governo federal, que só repassou o pagamento no dia 17, alegou Ivone. Isso foi um orçamento ingrato e mal elaborado, completou. A Gazeta tentou falar com a secretária Kátia Born, mas ela não foi encontrada. Ninguém atendia às ligações até o final da tarde. Assessores e a ex-secretária de Planejamento, Iara Lane, também não foram encontrados. FONTE DE RENDA O Peti é um programa de transferência direta de renda do governo federal para famílias de crianças e adolescentes envolvidos no trabalho precoce, nas ruas da cidade ou no campo. Cada família pode inscrever até três crianças, que são beneficiadas com R$ 40 mensais, cada. O público-alvo do programa são crianças dos sete aos 14 anos. Cada Estado, por meio das secretarias de Assistência Social, realiza levantamento dos casos de trabalho infantil em seus municípios. O levantamento é apresentado às Comissões Estaduais de Erradicação do Trabalho Infantil e encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.