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Cavalcante � levado para Pres�dio An�bal Bruno

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LUIZA BARREIROS Repórter O ex-tenente-coronel PM Manoel Francisco Cavalcante não chegou a passar uma noite no Presídio Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, para onde foi levado na última quinta-feira, depois de passar 148 dias no Centro de Ressocialização de Presidente Bernardes, em São Paulo. No início da noite de quinta-feira, por determinação do juiz da 1ª Vara Privativa de Execuções Penais de Recife, Adeildo Júnior, Cavalcante foi levado para o Presídio Professor Aníbal Bruno, na região metropolitana. O motivo da remoção foi a falta de condições de segurança para abrigar o ex-oficial alagoano em Barreto Campelo, já que desde o dia 26 de junho, quando houve uma rebelião no local, a estrutura física do prédio foi muito danificada. Não havia grades nas celas e vários presos foram mandados para presídios do interior do Estado enquanto a reforma é concluída. Da mesma forma como aconteceria no Presídio Barreto Campelo, no Aníbal Bruno o ex-coronel Cavalcante terá tratamento de um preso comum. Segundo o diretor do Aníbal Bruno, coronel Evandro Carvalho, ele terá direito a banho de sol junto com os outros presos e a receber visitas de familiares. Durante o período em que esteve em São Paulo, Cavalcante foi submetido ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no qual ficava em cela isolada, tinha direito a apenas duas horas de banho de sol, mas sem contato com outros presos. Além disso, ele usava farda, tinha que manter raspados a barba e o bigode, cabelos curtos e não tinha nenhum acesso a meios de comunicação. Vizinho de cela Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco, no Presídio Aníbal Bruno o ex-tenente coronel Cavalcante está dividindo uma cela com outro ex-militar, mas da Polícia Militar de Pernambuco. O ex-tenente PM Carlos Júnior é considerado pela Justiça e pela polícia de Pernambuco como sendo um preso perigoso, por ser acusado por vários crimes, inclusive de participação em chacinas naquele Estado. Os dois ex-militares estão numa área especial, para presos considerados mais perigosos. Hoje, 4.022 presos estão no Aníbal Bruno. Ontem pela manhã, houve um princípio de motim no local: resos foram pegos usando telefones celulares. Na segunda-feira, o advogado Cláudio Viiera dá entrada no pedido de prisão especial para o ex-oficial. ### AL tem 30 dias para conseguir novo local O governo e a Justiça do Estado de Alagoas têm até o dia 21 de agosto para encontrar um novo presídio que aceite receber, em caráter definitivo, o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante. Atendendo a autorização feita pelo Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco, João Batista Meira Menga, o juiz da 1ª Vara Pri—vativa de Execuções Penais de Recife, Adeildo Nunes, autorizou que ele permanecesse por apenas 30 dias no Estado. As negociações com o governo de Pernambuco foram feitas pelo Secretário de Defesa Social de Alagoas, Robervaldo Davino. Na quarta-feira passada, o mesmo juiz Adeildo Nunes havia negado o pedido feito pela Justiça de Alagoas para que Cavalcante fosse transferido de São Paulo para um presídio de Pernambuco, mas acabou reconsiderando sua decisão e aceitando o preso por um mês. Em ofício encaminhado ao juiz da Vara de Execuções Penais de Alagoas, Ivan Vasconcelos Brito Júnior, o juiz pernambucano esclareceu que esgotado o prazo de 30 dias, o detento voltará a ficar à disposição da Justiça de Alagoas, “imediatamente”. DESDE JANEIRO Cavalcante foi transferido de Alagoas em 25 de janeiro, a pedido do Tribunal de Justiça, depois que uma investigação do Judiciário concluiu que, mesmo preso, ele continuaria a comandar o crime organizado e que ele estaria planejando matar juízes que o condenaram. Também é acusado de ter planejado o assassinato de Ebson Vasconcelos, o Eto, principal testemunha contra ele no processo do assassinato do tributarista Silvio Vianna, pelo qual foi condenado a 19 anos de prisão. Primeiramente ele foi levado para a sede da Polícia Federal da Bahia, onde passou 12 dias e depois foi transferido para São Paulo, onde ficou na sede da PF por 18 dias, até ser autorizada sua transferência para Presidente Bernardes. Ele deveria ficar 360 dias no RDD, mas acabou sendo aceito por apenas 90. Ao término desse prazo, o governo paulista ainda aceitou que ele ficasse mais 30 dias. O prazo ainda foi extrapolado em 28 dias. |LB

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