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Nº 5822
Política

Audi�ncia p�blica com acusados

Brasília – O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou ontem um requerimento propondo a realização de uma audiência pública com o ministro Paulo Renato de Souza (Educação) e com o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira para esclarecer a

Por | Edição do dia 08/05/2002 - Matéria atualizada em 08/05/2002 às 00h00

Brasília – O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou ontem um requerimento propondo a realização de uma audiência pública com o ministro Paulo Renato de Souza (Educação) e com o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira para esclarecer a acusação de cobrança de propina no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Além do ex-diretor, pivô da crise que atingiu a pré-candidatura de José Serra (PSDB-SP) à Presidência, o senador pede também a participação do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros e do empresário Benjamin Steinbruch, presidente do Conselho de Administração da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). De acordo com uma reportagem publicada pela revista Veja desta semana, Steinbruch teria relatado a Paulo Renato e a Mendonça de Barros que Ricardo Sérgio teria pedido dinheiro para a montagem de um consórcio reunindo fundo de pensões de estatais com a CSN para a participação no leilão de privatização da Vale, em 1997. Em nota divulgada ontem, Ricardo Sérgio nega que tenha feito a proposta ao empresário e reafirma apoio à candidatura de José Serra à sucessão presidencial. O ex-diretor do BB trabalhou na arrecadação de fundos de campanha de Serra e de FHC em eleições passadas. O requerimento foi apresentado à Comissão de Fiscalização e Controle e deve ser votado pelos integrantes da comissão. Nele, Suplicy alega que a realização da audiência é de fundamental importância para esclarecer a “suposta operação que envolveu a venda da maior mineradora do planeta, até aquele momento um patrimônio do povo brasileiro. A CFC se reúne às quartas-feiras, às 18h, e é presidida pelo senado Amir Lando (PMDB-RO). PT insiste em CPI O líder do PT na Câmara, deputado João Paulo Cunha (SP), disse ontem, após reunião de coordenação de sua bancada, que vai insistir, junto aos demais partidos, na cobrança de instalação de uma CPI para apurar denúncias de corrupção no processo de privatização da Vale do Rio Doce. Ele considera, no entanto, que os partidos da base governista é que deveriam empenhar-se na apuração dos fatos, uma vez que as denúncias envolvem integrantes do governo. Ele considera que uma CPI objetiva, com foco determinado, não atrapalhará as atividades do Congresso. Cunha sugere que a investigação dure no máximo 60 dias e se concentre na ação do ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio Oliveira, no processo de privatização da CVRD e também da Telebrás. O PFL poderá apoiar a abertura da investigação, admitiu o líder Inocêncio Oliveira.

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