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Cavalcante fica mais 15 dias em Recife

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| LUIZA BARREIROS Repórter A Justiça de Pernambuco prorrogou por mais 15 dias o prazo de permanência do ex-tenente-coronel PM Manoel Francisco Cavalcante no Presídio Aníbal Bruno, em Recife. A prorrogação foi anunciada no início da noite de ontem pelo secretário de Defesa de Pernambuco, João Braga, depois que os juízes das varas de Execuções Penais de Alagoas, Jamil Amil de Holanda Ferreira, e de Pernambuco, Adeildo Nunes, entraram em acordo. Por volta das 17 horas, Nunes chegou a divulgar um despacho de quatro linhas em que determinava a imediata remoção de Cavalcante de volta para Alagoas. O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Rodrigo Collaço, teria interferido para evitar o retorno de Cavalcante ao Estado, ao entrar em contato com o colega pernambucano e apelar que o preso permanecesse lá até que um novo local para transferì-lo fosse conseguido. Ontem, Collaço recebeu um ofício encaminhado por Marcelo Tadeu, um dos dois magistrados que seriam alvo de ameaças de morte por parte de Cavalcante. Tadeu apelou à AMB e ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Estácio Gama, para que fossem tomadas tomasse providências para tentar reverter o retorno do ex-oficial para o Presídio Baldomero Cavalcanti. A expectatica é de que o presidente do TJ e a AMB peçam a intervenção do Ministério da Justiça para conseguir um local para transferir Cavalcante. Ele deixou Alagoas em 25 de janeiro, depois que o Tribunal de Justiça ouviu o depoimento de um colega de cela do preso, que afirmou que mesmo preso, ele comandaria o crime organizado. O ex-oficial passou 148 dias em São Paulo, mas nenhum outro Estado aceitou recebê-lo em definitivo – apenas Pernambuco, mas só por 30 dias. O governo do estado conseguiu vagas no Maranhão e em Brasília, mas a Justiça desses Estados não aceitou receber o preso para execução de pena. ### Deputados evitam comentar possível volta do ex-militar Os membros da Assembléia Legislativa do Estado (ALE) têm evitado comentar a situação do ex-tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Manoel Cavalcante. A transferência do ex-oficial, do presídio Aníbal Bruno, em Pernambuco, para o Baldomero Cavalcanti aconteceria hoje, mas acabou sendo adiada por mais quinze dias. Os parlamentares alagoanos não quiseram declarar se acreditam que as condições atuais do presídio Baldomero Cavalcanti são satisfatórias para abrigar o líder da quadrilha que ficou conhecida como “gangue fardada”. Para eles, são os órgãos estaduais de segurança pública que devem comentar o assunto. O deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), apresentou, na tarde de ontem, um ponto de vista semelhante. “Ele [Cavalcante] saiu daqui por motivo de segurança. Então, a melhor pessoa para fazer essa avaliação é o secretário de Defesa Social [Robervaldo Davino]”, disse Paulão. O deputado acredita que a melhor alternativa para solucionar a questão é convocar o Conselho Estadual de Segurança, que não se reúne há cerca de um ano, segundo disse. “Ele foi criado com caráter deliberativo e, como é um fato atípico, seria importante reunir o Conselho”, avaliou. O vice-presidente da ALE, deputado Francisco Tenório, que também é delegado de polícia, disse desconhecer as condições atuais do presídio Baldomero Cavalcanti, mas considera que, em Alagoas, não existe presídio de segurança máxima. “Ele [Cavalcante] não tem o interesse de fugir pois, se quisesse, já poderia ter feito isso antes”, analisou o deputado. Tenório disse ainda ser contrário à transferência de presos perigosos para Alagoas e, por isso, não poderia ser a favor do contrário. “Cada Estado deve cuidar do seu povo”, disse. Para o deputado, o retorno de Cavalcante “não faz diferença nenhuma”. PV

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