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Nº 5812
Política

Senado ouvir� envolvidos no esc�ndalo da propina

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Por | Edição do dia 09/05/2002 - Matéria atualizada em 09/05/2002 às 00h00

Brasília – Um ato tido como de traição por parte do PMDB e um cochilo dos líderes do governo no Senado permitiram, ontem, a aprovação de um requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para que sejam ouvidos na Comissão de Fiscalização e Controle o ministro da Educação, Paulo Renato Souza; o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros; o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil Ricardo Sérgio e o ex-presidente da Vale do Rio Doce Benjamin  Steinbruch. O convite representa mais um golpe na candidatura do senador tucano José Serra (SP), sob ataque desde a publicação, no fim de semana, de reportagem da revista “Veja”, segundo a qual Ricardo Sérgio – ex-tesoureiro das campanhas e Serra – teria pedido propina de R$ 15 milhões a Steinbruch, para direcionar a venda da Vale ao grupo do empresário. Apesar de todas as denúncias terem sido negadas, o caso vem sendo explorado. Não só pelas oposições, como também pelo PFL. Dois senadores do partido ajudaram a aprovar o requerimento de Suplicy. O líder do partido na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), por exemplo, pediu que Serra ocupe a tribuna do Senado para dar explicações a respeito da participação de um ex-auxiliar no processo de privatização. As oposições chegaram a pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o processo de privatização. Sabem que não terão êxito. No entanto, farão barulho. A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado é presidida pelo senador Amir Lando (RO). Antes da reunião, ele havia combinado com o líder do partido, Renan Calheiros (AL), que não deixaria o requerimento ser votado. Mas não cumpriu a promessa. Renan Calheiros reclamou: “Ele (Lando) não seguiu o acordo feito com o líder”. O senador Artur da Távola (PSDB-RJ), líder do governo no Senado, ressaltou que houve traição. O mesmo afirmou o vice-líder Romero Jucá (PSDB-RR), ao chegar correndo à reunião da Comissão, quando acabava de terminar a votação. “Me sinto traído, porque isso não foi combinado”, gritava Jucá. O processo de votação do requerimento de Suplicy foi simbólico. Apenas um senador tucano estava presente: Francisco Sartori, que não reclamou. Outros participantes da reunião foram o próprio Amir Lando, Jefferson Péres (PDT-AM), Eduardo Suplicy (PT-SP), Fernando Ribeiro (PMDB-PA), Walmir Amaral (PPB-DF), Antonio Carlos Junior (PFL-BA), Luiz Octávio (PPB-PA) e Jonas Pinheiro (PFL-MT).

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