PF vai quebrar sigilo banc�rio
Rio de Janeiro A Polícia Federal começa, na próxima semana, o agendamento dos depoimentos que serão prestados por pessoas que estiveram direta e indiretamente envolvidas no processo de privatização do Sistema Telebrás, em julho de 1998, principalmente o
Por | Edição do dia 09/05/2002 - Matéria atualizada em 09/05/2002 às 00h00
Rio de Janeiro A Polícia Federal começa, na próxima semana, o agendamento dos depoimentos que serão prestados por pessoas que estiveram direta e indiretamente envolvidas no processo de privatização do Sistema Telebrás, em julho de 1998, principalmente os diretores dos fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros), da Caixa Econômica Federal (Funcef), e da Telebrás (Sistel). Em nota divulgada ontem a assessoria da Superintendência da PF no Rio esclarece que a Delecoie (Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais) já está de posse do relatório contendo a quebra de sigilo fiscal dos últimos cinco anos de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área Internacional do Banco do Brasil. A quebra do sigilo foi solicitada à Justiça pelo Ministério Público Federal de Brasília, onde Oliveira era lotado. Oliveira está sendo investigado pela polícia em função de acusações de que teria pedido ao empresário Carlos Jereissati uma comissão de R$ 90 milhões para convencer fundos de pensão a integrarem o consórcio que acabou comprando a Tele Norte Leste (hoje Telemar) durante leilão de privatização do Sistema Telebrás. O inquérito aberto pela Polícia Federal, em 1999, apura, além do pedido de propina de Oliveira, também o comprometimento dos fundos de pensão, que teriam simulado operações de empréstimos para disfarçar o efetivo financiamento dos participantes do consórcio que comprou a Telemar. Por lei, os fundos de previdência privada não podem atuar como agentes financeiros, o que caracterizaria crime do colarinho branco.