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Nº 5759
Política

ALE amea�a cassar mandato de�Paul�o por quebra de decoro

Deputados estaduais ameaçaram, ontem, cassar o mandato do deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), por quebra de decoro parlamentar. Os deputados alegaram que Paulão denegriu a imagem da Assembléia Legislativa do Estado (ALE) ao fazer declaraçõ

Por | Edição do dia 09/05/2002 - Matéria atualizada em 09/05/2002 às 00h00

Deputados estaduais ameaçaram, ontem, cassar o mandato do deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), por quebra de decoro parlamentar. Os deputados alegaram que Paulão denegriu a imagem da Assembléia Legislativa do Estado (ALE) ao fazer declarações à imprensa alagoana, afirmando que o governo do Estado repassou um aumento de R$ 1,250 à Assembléia nos três últimos meses, e que o mesmo não foi divulgado pela Assembléia. O deputado Paulão anunciou, na última terça-feira, na Assembléia, que o repasse de um aumento do duodécimo, conseguido através de um acordo com o governo do Estado, não estaria sendo divulgado pela Mesa Diretora da Casa. O duodécimo anual, que era de R$ 58,5 milhões, passou para R$ 69 milhões, significando que o repasse mensal passou de R$ 4,5 mi para R$ 5,7 milhões, segundo Paulão. O deputado pediu ao governo, através de certidão, a cópia das ordens de transferências bancárias do Legislativo. As afirmações causaram revolta entre a maioria dos deputados, na Assembléia. Muitos exigiram o decoro parlamentar, como Cícero Amélio (PPS), que defendeu a busca da manutenção da imagem da ALE e dos próprios parlamentares. Cícero Ferro (PTB) defendeu a moralidade da Casa: “À medida que as eleições se aproximam, o colega Paulão aproveita para jogar pedra no governo, pois não é a primeira vez que o senhor ataca a própria Assembléia de forma indireta, sem dizer nomês. Tenha a responsabilidade de não jogar com a Assembléia. É por isso que falo ao senhores da cassação do deputado Paulão, para que ele seja responsabilizado pelas calúnias que levantou contra todos nós”. O deputado Gilvan Barros (PL) concordou com Cícero Ferro afirmando que Paulão está tentando fazer da ALE um carnaval. Temóteo Correia (PTB) também pediu represália a Paulão: “Se um membro da ALE inventa calúnias sobre a Casa, está se autocaluniando”. Defesa Paulão defendeu-se alegando ter conseguido as informações sobre o repasse do acréscimo do duodécimo para o Legislativo através do secretário da Fazenda, Sérgio Dória. Disse ainda que não fez julgamento de nenhum membro da Assembléia. “Fiz apenas perguntas e vou manter minhas posições. A sociedade tem o direito de saber o valor do duodécimo da Assembléia”, finalizou. Foram solidários a Paulão o deputado Paulo Nunes (PT) e a deputada Lucila Toledo (PTB). Segundo Lucila, Paulão “apenas fez perguntas e buscou respostas, e isso não denigre a imagem do Legislativo”. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PTB), disse que quando um membro da Casa tiver alguma dúvida em relação a procedimentos da Assembléia, deve dirigir-se à presidência. “Solicito que o comportamento contrariando o decoro desta casa não mais seja cometido”, declarou Albuquerque.

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