Rigotto defende candidatura pr�pria do PMDB em 2006

| PETRÔNIO VIANA Repórter O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), declarou ontem, em Maceió, acreditar que o novo presidente da Câmara Federal deverá sair da disputa entre três candidatos: José Thomaz Nonô (PFL), Aldo Rebelo (PCdoB) e Michel Temer (PMDB). A eleição do sucessor de Severino Cavalcanti acontece amanhã e as candidaturas podem ser registradas até hoje. Germano Rigotto veio a Alagoas para participar da 46ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, onde proferiu palestra sobre a reforma tributária, em trâmite no Congresso Nacional. “Esses três nomes são os mais fortes. Desses, dois vão disputar o segundo turno”, comentou. O governador deixou clara sua preferência pelo presidente nacional do PMDB, Michel Temer, mas disse não saber como vai se comportar a bancada federal do PMDB. Na opinião de Rigotto, o apoio do PT ao nome de Aldo Rebelo é positivo, na medida em que garante, caso Aldo seja eleito, a continuidade das investigações contra o PT. “Um presidente do partido que está sendo investigado seria difícil de explicar. Acho que a decisão foi correta, até para se obter um resultado positivo”, lembrou Rigotto. Rigotto revelou que esteve em uma reunião na última sexta-feira, em São Paulo, para definir a indicação de um nome dos quadros do partido para disputar a Presidência da República em 2006. “O partido vai ter candidato próprio, escolhido na prévia de março do ano que vem. Com a estrutura nacional que dispõe, seria um absurdo se não tivesse. O PMDB tem ficado a reboque de outros projetos e com a pecha de fisiologismo e clientelismo. O PMDB precisa ter cara própria ou vai ter problemas sérios mais adiante”, alertou. Entre os possíveis candidatos do PMDB, Rigotto citou o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, Jarbas Vanconcellos, governador de Pernambuco, Roberto Requião, governador do Paraná e o senador Renan Calheiros. Rigotto adiantou ainda que o partido espera a filiação de outros governadores ainda nesta semana.