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Oposi��o refor�a alian�a contra Aldo

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| Chico de Gois Folhapress Brasília - A oposição ao governo na Câmara uniu-se ontem contra o candidato oficial do Palácio do Planalto, Aldo Rebelo (PCdoB). No início da tarde, PDT, PPS e PV anunciaram a adesão a José Thomaz Nonô (PFL-AL), que já contava com o apoio do PSDB e do Prona. Com a ampliação da aliança, a oposição acredita que terminará o primeiro turno com pelo menos 145 votos, o que a credenciaria para passar ao segundo turno e disputar a vaga de presidente da Câmara com Aldo. O cálculo é o seguinte: 52 votos do PSDB, 58 do PFL, 15 do PDT, 15 do PPS, 8 do PV e 2 do Prona. Apesar do apoio do PDT a Nonô, o deputado Alceu Collares (RS) manteve sua candidatura. A cláusula de barreira, que determina que os partidos só podem ter representação na Câmara se obtiverem 5%, no mínimo, dos votos apurados, distribuídos em pelo menos um terço dos estados, foi um dos fatores que pesaram na decisão dos parlamentares do PPS, PV e PDT. Esses partidos defendem a proposta da Comissão de Reforma Política, que reduz para 2% o percentual mínimo necessário de votos para que as legendas tenham representação na Câmara. Na entrevista coletiva, Nonô foi questionado sobre o assunto, mas foi reticente. “A obrigação do presidente da Câmara é ser magistrado no processo, e o que me foi pedido pelos partidos foi que, no momento adequado, eu colocasse em votação a matéria”, afirmou, sem entrar em detalhes. Em seu discurso de agradecimento pelo apoio recebido ontem, Nonô elogiou a unidade de ação dos partidos que aderiram à sua candidatura e aproveitou para criticar, indiretamente, o PT, que estava dividido quanto ao apoio a Aldo. “Eleitoralmente, sinto-me numa posição confortável porque os partidos que nos apoiam o fazem de maneira absolutamente uniforme”. ### PL apóia Aldo em troca de liberação de orçamento A bancada do PL desistiu da candidatura própria à presidência da Câmara dos Deputados e decidiu apoiar o candidato oficial, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A decisão do PL, bancada de 45 deputados, eleva de três para quatro o número de partidos que apóiam o governista na disputa: PL, PT, PSB e PCdoB. Juntas, as legendas somam 162 votos, mas não há garantia que todos os parlamentares votem unidos. O líder da legenda, Sandro Mabel (GO), foi chamado a conversar com o ministro Jacques Wagner (Relações Institucionais) que, por sua vez, recebeu a incumbência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir o apoio do partido a Aldo. O convencimento passou pela garantia da liberação do orçamento do Ministério dos Transportes, chefiado por Alfredo Nascimento, indicado pelo PL. “O que queremos é que o ministério do PL tenha condições de fazer bonito”, afirmou Mabel, que nega que o governo tenha oferecido outra pasta à legenda. “A nossa bancada sempre foi mal atendida. O que foi pedido é que se dê uma estabilidade”, acrescentou. João Caldas (PL-AL) lançou sua candidatura logo que Severino Cavalcanti renunciou ao mandato, mas parte da bancada não o reconhecia como representante do partido. Caldas protestou diante do acordo do PL com o Planalto. “O governo está tirando a eqüidade do pleito. A Casa perde autonomia quando o governo age desse jeito. Isso é ruim para a democracia”, disse Caldas, visivelmente abatido. Wagner negou, mais tarde, que o governo tenha negociado ministérios em troca de apoio à candidatura de Aldo. O ministro disse que não passam de “fofoca” e “mentira descabida” os rumores de que o governo estaria disposto a fazer uma reforma ministerial para arregimentar votos entre os deputados da base aliada para a candidatura do deputado do PCdoB. Como será a votação Às 10h de hoje inicia-se a sessão no plenário para a eleição do presidente da Câmara. O prazo de inscrição das candidaturas terminou ontem às 18h. Cada candidato inscrito terá direito a um tempo, definido pela Mesa Diretora, para discursar. O tempo geralmente é de 10 a 15 minutos. A votação é secreta e manual. Deputados devem depositar uma cédula com o nome do candidato escolhido em uma urna instalada no plenário. Ao término da votação inicia-se o processo de apuração. Se nenhum candidato obtiver a maioria dos votos válidos, há 2º turno, cuja votação deve se iniciar às 18h. O quórum mínimo da sessão é de 257 deputados. Caso não haja definição no 1º turno, os dois mais votados se enfrentam no 2º turno, vencendo aquele que obtiver o maior número de votos. ###

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