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Nº 5759
Política

Diretor da Previ culpa Ricardo por cons�rcio

Brasília – Um depoimento prestado ontem ao Ministério Público Federal (MPF) pode começar a esclarecer a participação dos fundos de pensão no processo de privatização do sistema Telebrás. O diretor de seguridade da Previ - a Caixa de Previdência do Banco d

Por | Edição do dia 11/05/2002 - Matéria atualizada em 11/05/2002 às 00h00

Brasília – Um depoimento prestado ontem ao Ministério Público Federal (MPF) pode começar a esclarecer a participação dos fundos de pensão no processo de privatização do sistema Telebrás. O diretor de seguridade da Previ - a Caixa de Previdência do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, contou que o ex-diretor do BB Ricardo Sérgio de Oliveira foi quem apresentou à instituição a proposta da formação do Consórcio Brasil, que arrematou parte do lote das teles, mesmo depois da decisão da Previ de fazer um acordo com o Banco Opportunity. No depoimento prestado ao procurador da República Luiz Fernando de Souza, o diretor da Previ contou que havia uma pressão do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor do Opportunity, mas os argumentos eram rebatidos por um discurso nacionalista adotado por Ricardo Sérgio. “Na véspera do leilão da Telebrás, havia muita dúvida sobre a definição dos consórcios. Carlos Jereissatti - que liderava o Consórcio Brasil - esteve na Previ confirmando que entregaria o envelope para o leilão e queria saber se a instituição, mesmo tendo dado preferência para o Opportunity, estaria disposto a participar do Consórcio Brasil, na hipótese do mesmo sair vencedor”, contou Pizzolato. A resposta do Previ foi afirmativa, segundo o diretor. Mas, segundo Pizzolato, até o dia do leilão a Previ não havia recebido os documentos sobre a formatação dos consórcios e a alegação de parte da diretoria da instituição informava que as decisões eram sigilosas, para evitar vazamentos. Mas, mesmo após a realização do processo de privatização, os documentos ainda demoraram a ser entregues e, quando isso aconteceu, estava com irregularidades, o que gerou uma auditoria interna. Além dos depoimento, procuradores que trabalham no caso ouvem funcionários e diretores do Banco Opportunity para saber como foram as negociações entre a Previ e a instituição e porque houve mudança na participação em favor do Consórcio Brasil. “Temos uma informação importante de que pode ter havido vazamentos. Um documento, que estamos recebendo na próxima semana, irá esclarecer este fato”, afirmou Luiz Francisco. Investigação O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, requisi-tou ontem informações ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, e ao ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros sobre a suposta tentativa de cobrança de propina por parte do empresário Ricardo Sérgio de Oliveira na privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Brindeiro também enviou hoje ofício aos chefes da Procuradoria da República em Brasília e no Rio de Janeiro pedindo que eles o mantenham informado sobre todas as providências que forem tomadas nas investigações em curso sobre a participação do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio no caso.

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