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segunda-feira, 17/03/2025 | Ano | Nº 5924
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Ministro do STJ critica o Congresso

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| ODILON RIOS Repórter As denúncias de corrupção no Congresso Nacional têm deixado pelo menos uma impressão no ministro alagoano do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Humberto Gomes de Barros: entre alguns parlamentares se espalhou a “broca”, praga que destrói lavouras de café, mas ela tem trazido reações de indignação no povo brasileiro, só que em uma estrutura ainda “viciada”, na visão do ministro. “A mudança tem que ser cultural. A própria evolução, a distância da ditadura, o ambiente de democracia está começando a curar. Tem quadros ali que são bichados, deu broca. Não tem mais jeito”, ressaltou. Ele criticou ainda as emendas constitucionais. “Fala-se em alterar a Constituição para aumentar prazos. Acho isso muito mau. Estamos viciados em não ter a Constituição como algo sólido, algo permanente. Se a Constituição nos incomoda, mexemos nela”. O ministro alagoano está em Alagoas para o lançamento do seu livro “As Pernas da Cobra”, na Academia Alagoana de Letras, Centro da capital, hoje às 20 horas. O evento trará ao Estado outros ministros do STJ. Gomes de Barros está no STJ há 14 anos. Ele observa que a imprensa tem evitado que a “pizza esquente”. Mas critica a relação entre o Poder Executivo e Legislativo; este último, para o ministro, um “meio poder”, lembrando a eleição do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). “Veja-se agora, nestas eleições, o presidente da República faz, deixa o Congresso funcionar, trava o funcionamento, bastando emitir uma medida provisória”. “E quando não ele vai e influencia, dá ordens nos deputados. Isso me parece extremamente anormal e com isso temos sofrido”. O ministro também criticou a Justiça, chamando-a de “lenta”. Mas os membros do Judiciário não seriam os culpados deste processo, e sim a lei. “Para conseguir uma indenização por uma batida de automóvel, a vítima é obrigada, na maioria das vezes, a ir três vezes ao juiz para conseguir três sentenças”, apontou. “Nos Estados Unidos, basta uma sentença e o juiz determina que se pague. Se não pagar, é desobediência, e além disso o bem dele é penhorado”, detalhou.

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