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Nº 5822
Política

Inova��o tecnol�gica preocupa Justi�a Eleitoral

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Por | Edição do dia 12/05/2002 - Matéria atualizada em 12/05/2002 às 00h00

O grande problema para a Justiça Eleitoral no caso do projeto de realização da votação pela Internet está no fato de a segurança do pleito eleitoral ficar ameaçada. É o que afirma o secretário de Informática do Tribunal Regional Eleitoral em Alagoas (TRE/AL), Henrique Méro. “O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem estudando a hipótese de implantar esse sistema, mas acredito que ainda não foi implantado por questões que envolvem a segurança”, observou. Ele afirma que a Justiça Eleitoral está avançando gradativamente em termos de inovações tecnológicas, como por exemplo na implantação do voto impresso, que ocorrerá já nas eleições deste ano, em alguns municípios brasileiros, inclusive em Maceió, e que nas eleições municipais de 2004 deve ser estendido aos demais municípios do País. Divulgação Outra novidade no âmbito da informatização é a divulgação dos resultados e dos dados dos candidatos pela Internet, onde o eleitor poderá acompanhar a situação dos candidatos, se já foram registrados, como está o andamento de julgamentos referentes aos mesmos, dentre outras informações. “Isso já é um avanço em termos de Internet. A Justiça Eleitoral está implantando os avanços aos poucos, até que se tenha total segurança para se chegar ao voto pela Internet”, disse. Além da segurança do voto, o sigilo do voto e a identidade do eleitor são outras questões importantes a serem discutidas, de acordo com Henrique Méro. “Será que vai ser o próprio dono do título que estará ali, no computador, votando em seu candidato?”, questionou, acrescentando que se essas questões não forem garantidas, não adianta implantar o voto pela rede mundial de computadores, no momento. “Enquanto o TSE não tiver a segurança da eleição eletrônica, sem que haja invasões externas, o novo processo não deverá ser aplicado. Sabemos que será mais cômodo para os eleitores, que não precisarão sair de casa para votar, mas os maiores problemas envolvem não só a segurança, mas o sigilo e a identidade do eleitor”, ressaltou. Henrique também lembra da existência dos chamados ‘rackers’, pessoas que invadem os sites, modificando as informações contidas no sistema. Segundo ele, se de um lado há a possibilidade de diminuir essas invasões, por meio de recursos avançados de informática, por outro, os ‘rackers’ também estão desenvolvendo seus meios avançados para agir. “Eles estão se aperfeiçoando cada vez mais. Por isso, essa é outra questão séria a ser analisada, antes de pôr em prática um sistema como esse, para que a credibilidade do voto não seja comprometida”, ressaltou.

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