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Nº 5836
Política

Frente de Oposi��o j� discute nomes da chapa majorit�ria

Formalizada há apenas dois dias, a Frente de Oposição, terceira força política que disputará a eleição em Alagoas, com a participação de seis partidos (PTB, PDT, PPB, PPS, PFL e PRTB), já iniciou, internamente, a avaliação dos nomes que serão indicados

Por | Edição do dia 15/05/2002 - Matéria atualizada em 15/05/2002 às 00h00

Formalizada há apenas dois dias, a Frente de Oposição, terceira força política que disputará a eleição em Alagoas, com a participação de seis partidos (PTB, PDT, PPB, PPS, PFL e PRTB), já iniciou, internamente, a avaliação dos nomes que serão indicados para a chapa majoritária, com objetivo de apresentar candidatos em todos os níveis. Essa informação foi confirmada, na manhã de ontem, pelo deputado José Thomaz Nonô, do PFL. Segundo ele, a Frente tem nomes para disputar e ganhar o governo, as duas vagas no Senado e a maioria das vagas de deputado estadual e federal. A definição dos nomes se dará internamente, sem pressa, nas reuniões da Frente de Oposição. “Temos nomes que podem concorrer tanto para o Senado quanto para o governo, que estão sendo avaliados. Não queremos precipitar o processo até porque continuamos abertos a novas adesões”, analisou. A Frente de Oposição não descarta a participação de outros partidos, a exemplo do PMDB, e está aberta para formar aliança com outras forças. “O grupo decidiu aceitar a participação de quaisquer partidos, sejam grandes ou pequenos, que tenham os mesmos objetivos que nós, ou seja, oferecer ao eleitor alagoano o direito à escolha”, antecipou. Alternativa A avaliação do deputado federal José Thomaz Nonô, um dos mais experientes da bancada alagoana, com cinco mandatos na Câmara Federal, é de que a formação da Frente de Oposição vai mudar completamente os rumos do processo sucessório em Alagoas. “O que vinha acontecendo em Alagoas é que existiam, até segunda-feira, apenas duas forças se predispondo a disputar as eleições estaduais em todos os níveis. Nós reunimos, pessoas diferentes, de partidos e de crenças distintas, mas com um propósito comum - oferecer uma nova alternativa para o governo do Estado, para o Senado, para a Câmara e Assembléia. Agora, os eleitores que ainda estão indefinidos ganharam uma alternativa viável, uma chapa que está sendo formada para disputar e ganhar as eleições”, destacou. A oposição que será feita pela Frente, fez questão de enfatizar o deputado do PFL, será responsável, baseada em propostas e em programas que atendam os anseios do povo alagoano. Prioridades A Frente de Oposição vai se reunir, na próxima segunda-feira, para elaborar um programa mínimo de governo e traçar os compromissos que serão levados a debate no período eleitoral. Entre os pontos mais importantes, Nonô aponta como prioridades a questão da segurança e do emprego. “As pessoas estão ansiosas por algumas coisas. A primeira é segurança. Todos estão profundamente intranqüilos. A segunda é emprego. E emprego o Estado não pode mais dar. Quando abre um concurso pagando R$ 200, aparece um milhão de inscritos. A gente vai querer um programa que contemple e de forma objetiva essa realidade”, defendeu. Densidade Juntos, os seis partidos que formam a Frente de Oposição reúnem 18 dos 27 deputados estaduais e quatro dos nove deputados federais. Outro diferencial considerado importante é o tempo de televisão, que será o maior entre as três forças que vão disputar o governo. “Teremos o maior tempo de rádio e TV e vamos saber usá-lo muito bem, para defender nossas propostas para Alagoas”, argumentou. Embora não queira citar a quantidade de prefeitos que apoiarão a Frente, até por uma questão estratégica, José Thomaz Nonô afirmou “que temos a grande maioria e, mais do que isso, as pessoas esquecem que há as lideranças que são chamadas de “outro lado”. Às vezes esse outro lado é mais importante. E eu acho que temos a quase totalidade dos prefeitos e dos ‘outros lados”, enfatizou. A expectativa da Frente de Oposição, segundo o deputado, é muito otimista. “Nas eleições proporcionais, acredito que seremos amplamente vitoriosos. Para presidente da Republica, resolvemos não discutir a matéria porque alguns partidos têm candidatos específicos, como é o caso do PPS. Para o governo, acho que se colocarmos um candidato denso, temos muita chance de ganhar. O mesmo vale para o Senado. Também temos uma grande chance de fazer um ou até os dois senadores”, concluiu.

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