Política
PMDB e PFL rejeitam vice na chapa do PT e do PSDB

| FOLHA ON LINE Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), discutiram na última semana reação ao ?prato-feito? de uma disputa presidencial bipolarizada entre o PT e o PSDB. Ambos defendem candidatura própria, para puxar votos nos Estados e facilitar acordos no segundo turno, especialmente com tucanos. Peemedebistas e pefelistas acham que ainda é cedo para conclusões eleitorais definitivas, ainda mais com duas CPIs funcionando. Nem mesmo descartam aliança, no segundo turno, do PMDB e do PFL em torno de candidato tucano. Como última hipótese, os dois partidos fechariam com o futuro presidente já eleito, em caso de vitória do PSDB. ?O PMDB sabe que, independentemente da campanha, o PSDB vai ter que governar com eles?, disse Bornhausen, apesar de o PFL ser atualmente o parceiro preferencial dos tucanos. Uma frente PSDB-PMDB-PFL no segundo turno só será possível se a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição mantiver, durante a campanha de 2006, a linha descendente que registra nas pesquisas de hoje. Na análise dos dois partidos, Lula poderá ficar isolado com PT e PC do B no primeiro turno e chegar enfraquecido ao segundo. Quanto à possibilidade de PMDB e PFL disputarem a eleição na condição de vices na chapa do PT e do PSDB, respectivamente, Renan nega com veemência e Bornhausen julga ser cedo para definir. ?É impossível qualquer coligação em que o PMDB indique o vice, até porque vice não tem papel, não vale a pena?, disse Renan, que foi cogitado como vice na chapa de Lula. Renan deixou claro na conversa com Bornhausen que suas preferências de nomes recaem sobre o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ex-peemedebista Nelson Jobim, que tem até abril para deixar o cargo e se filiar a um partido. Outra opção seria o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. O principal empenho da cúpula do PMDB é empurrar para maio as prévias para a escolha do candidato. Se não houver o adiamento, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho é considerado o mais forte, apesar de rejeitado pela cúpula e por todos os governadores.