Política
Helenildo pede cautela � ALE ao investigar empresa privada

| DA EDITORIA DE POLÍTICA Maceió O deputado federal Helenildo Ribeiro (PSDB) advertiu ontem que a Assembléia Legislativa de Alagoas deve ter mais cautela na apuração de possíveis irregularidades em empresas privadas no Estado. O parlamentar se referiu especificamente ao caso do empresário Edivaldo Cunha, de Palmeira dos Índios, que teve o nome incluído numa lista de laranjas. Cunha é um dos maiores contribuintes de ICMS da região, disse o deputado. Helenildo Ribeiro recomendou que, antes de se divulgar nomes, é preciso que haja uma investigação rigorosa para que não afastem de Alagoas os poucos investidores que ainda apostam na geração de renda e emprego. Para o deputado, houve uma exposição pública condenável antes da investigação. Nem se implantou a Comissão Especial ou mesmo uma CPI e já estão por aí, citando nomes, diz. A credibilidade da apuração está justamente no rigor com que se investiga cada fato. Helenildo citou como outro exemplo claro disso a CPI do Fumo, que acabou não sendo instalada porque não havia motivação política, nem mesmo jurídica, suficiente. É preciso cuidado com o denuncismo, alertou. Em Palmeira e Arapiraca há empresários de bem, ajudando a combater o desemprego. Os deputados de Arapiraca não podem permitir que se generalizem as acusações, disse, referindo-se à bancada da região. Sou a favor das investigações, sou a favor de que se crie CPIs, que se ouçam suspeitos, mas também sou a favor que se tenha cautela para não jogar à execração pública quem de fato investe em Alagoas. Mesmo ressaltando que a função de fiscalizador do Legislativo é legítima, Helenildo defendeu que haja critérios. Senão, ao contrário de ajudar a limpar Alagoas de quem usa a iniciativa privada como pano de fundo, pode-se atrapalhar, assustar e afastar quem, de fato, está aqui para investir. Helenildo prega um diálogo contra os excessos que possam existir. Acho que os nossos deputados do Agreste conhecem bem a necessidade de emprego da nossa população, disse.