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Nº 5839
Política

Marco Aur�lio vive 1� dia como presidente do Pa�s

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Por | Edição do dia 16/05/2002 - Matéria atualizada em 16/05/2002 às 00h00

Brasília – Com o embarque do presidente Fernando Henrique Cardoso para a Europa, o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, assumiu ontem, pela primeira vez, o comando do País, decidido a não perder um minuto da interinidade, que será marcada por homenagens, jantares e coquetéis. A agenda de ontem, que registrava compromissos de meia em meia hora, começou às 8h30 e só deveria terminar de madrugada, com um coquetel em homenagem a ele, na casa do presidente interino do Supremo, ministro Ilmar Galvão, para centenas de convidados. A única cerimônia oficial da interinidade de sete dias – a sanção da criação da TV do Judiciário – será transformada numa grande festa no Planalto, com convites distribuídos aos integrantes da Justiça de todo o País. Ele é o segundo integrante da família a ocupar a Presidência. O primeiro foi o ex-presidente Fernando Collor de Mello. Marco Aurélio Mello é primo de Collor e foi indicado por ele para o STF. Na história da República Brasileira, é a primeira vez que dois primos assumem a Presidência. As primeiras declarações de Mello foram dadas antes mesmo de o avião presidencial decolar. O presidente do Supremo comentou que assumiu o governo prevendo que não terá “nenhum pepino” para resolver durante esta semana, que será “uma interinidade com sentimento de responsabilidade” e “sem surpresas”. Depois de passar as primeiras horas no gabinete de Fernando Henrique, o presidente interino disse imaginar que a Presidência é “um fardo muito pesado”. Ele brincou: “Prefiro ficar com meus processos”. Marco Aurélio, apesar de ser crítico do governo, lembrou que “este momento é uma demonstração inequívoca de que vivemos um bom estágio democrático”. Mas ele avisou que não se sentará na cadeira presidencial. Todas as audiências ele concedeu ou sentado no sofá da sala presidencial ou na mesa de reuniões. “Vou reverenciar aquela cadeira. Vou observá-la”, comentou ele, que alterou a agenda quatro vezes durante o dia para acomodar todas as pessoas que desejavam cumprimentá-lo. “Foi um dia leve. Apenas recebi visitas de estímulo”, observou ao final do dia, em conversa informal com os jornalistas, embora reconheça que são atribuições “substancialmente diferentes”. A última versão da agenda incluía desde o ministro da Fazenda, Pedro Malan, até o deputado Jaques Wagner (PT-BA).

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