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Nº 5759
Política

Celso descarta apoio a T�o para governo

| PETRÔNIO VIANA Repórter O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) esteve reunido na semana passada, na sede da Socôco, no bairro de Mangabeiras, com o ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney, Mailson da Nóbrega, e com o economista e ex-presidente d

Por | Edição do dia 27/12/2005 - Matéria atualizada em 27/12/2005 às 00h00

| PETRÔNIO VIANA Repórter O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB) esteve reunido na semana passada, na sede da Socôco, no bairro de Mangabeiras, com o ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney, Mailson da Nóbrega, e com o economista e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Edmar Bacha. Os dois trabalham hoje com consultorias na área de economia e finanças. O motivo da reunião foi a contratação dos serviços de Nóbrega e Bacha, que vão fazer um diagnóstico, a pedido do senador, das condições financeiras do Estado. A contratação da consultoria apontaria para uma possível candidatura de Teotônio Vilela Filho ao governo do Estado em 2006. No entanto, o senador nega essa possibilidade. De acordo com Vilela, a consultoria teria sido contratada para dar subsídios à candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB), aliado de Vilela. “Esse trabalho será feito para subsídios à campanha de Renan. Ele [Renan] não pôde comparecer à reunião, mas sou eu quem está responsável por fazer esse diagnóstico”, comentou Teotônio Vilela, confirmando a realização da reunião. O senador confirmou também que, no caso de Renan Calheiros, não ser candidato ao governo em 2006, a alternativa do grupo político de ambos seria sua própria candidatura. “Se ele não sair, o candidato sou eu. Mas, ao que tudo indica, Renan vai concorrer ao governo”, declarou Téo. O senador não quis comentar a escolha do candidato a vice-governador em sua chapa, caso a candidatura de Renan não seja consolidada, mas disse que provavelmente será um nome do PMDB. ALE O presidente da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), deputado Celso Luiz (PMN), já declarou que não apoiaria a candidatura de Teotônio Vilela Filho ao governo do Estado, o que dificultaria a eleição do senador, uma vez que Celso possui entre seus aliados quase 30 prefeitos e pelo menos quinze deputados estaduais. De acordo com Teotônio Vilela, o apoio de Celso é de importância fundamental para qualquer candidatura ao governo em 2006. “Nesse caso [de ser ele o candidato ao governo], vamos tentar conseguir o apoio de Celso. Hoje, ele é uma figura da maior importância no cenário político do Estado. Tenho o maior respeito e amizade por ele e vamos trabalhar para conseguir uma aliança com o deputado”, revelou Vilela. A candidatura de Renan Calheiros vem sendo mantida em “banho-maria” para que seus aliados não sofram o assédio de outros políticos interessados no governo do Estado. A candidatura não é certa mas, como a entrada de Teotônio Vilela na disputa sofreria resistência, principalmente por parte do deputado Celso Luiz, a orientação do grupo político insiste em falar apenas da candidatura de Renan. Outro fator que dificulta a candidatura de Renan é o suposto abalo na relação entre o governador Ronaldo Lessa (PDT) e Celso Luiz, que estaria se aproximando do grupo do deputado federal João Lyra (PTB). ### Mudanças no Detran podem criar atrito O bom relacionamento entre o governador Ronaldo Lessa (PDT) e o presidente da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), deputado Celso Luiz (PMN), pode estar estremecendo. A relação entre os dois teria sido abalada pela exoneração, na semana passada, do diretor da Administração e Finanças do Detran, Humberto Costa. Costa, assim como toda a diretoria do Detran, foi indicado para o cargo por Celso Luiz. Em seu lugar foi nomeado Edjar Oliveira Pereira, ligado ao conselheiro Otávio Lessa, do Tribunal de Contas do Estado (TC-AL) e irmão do governador. O governo do Estado também estaria pressionando Celso Luiz para que o diretor-geral do Detran, José Eugênio de Barros Filho, pedisse exoneração do cargo, o que poderá acontecer ainda hoje. Celso estaria, ainda, tentando usar a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) como peça de barganha nessa disputa. O motivo para a retirada do controle de Celso Luiz sobre o Detran seria a aproximação entre ele e o deputado federal João Lyra, que já lançou sua candidatura ao governo do Estado em 2006. Com uma eventual negativa do senador Renan Calheiros (PMDB) em disputar o governo, indicando para seu lugar o nome do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), Celso tenderia a ser o vice na chapa de João Lyra. Existe ainda a possibilidade de Celso ser o cabeça da chapa, com o apoio do João Lyra, que seria candidato ao Senado. Celso Luiz declarou várias vezes seu apoio ao nome de Lessa para o Senado mas, se a desavença entre os dois avançar, sua posição poderá mudar. Celso Luiz não foi localizado ontem para comentar o assunto. A assessoria de Ronaldo Lessa informou que o governador não comentaria as mudanças no Detran. |PV

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