app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Política

Beira-Mar vai virar o ano em Alagoas

| ODILON RIOS Repórter Depois de passar o Natal na sede alagoana da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá, o megatraficante Fernandinho Beira-Mar não deve ser transferido antes do réveillon para outro Estado. Foi o que adiantou ontem, por telefone, o se

Por | Edição do dia 31/12/2005 - Matéria atualizada em 31/12/2005 às 00h00

| ODILON RIOS Repórter Depois de passar o Natal na sede alagoana da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá, o megatraficante Fernandinho Beira-Mar não deve ser transferido antes do réveillon para outro Estado. Foi o que adiantou ontem, por telefone, o secretário de Defesa Social, Paschoal Savastano. “A expectativa é que ele saia daqui em janeiro”, disse o secretário. Até hoje, a superintendência da Polícia Federal deverá entregar ao procurador da República em Alagoas, Gino Sérvio, parecer constatando se a sede da PF, em Jaraguá, tem ou não condições de continuar abrigando o megatraficante. Essa petição foi resultado de uma outra, enviada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) esta semana, que pede a transferência de Beira-Mar do Estado, encaminhada à Justiça Federal e, logo depois, remetida à Procuradoria Geral da República, que determinou, em 24 horas, vencidas hoje, uma análise das condições da sede da PF pelo superintendente substituto da PF em Alagoas, Arivaldo Marques. Idéias O secretário de Defesa Social, Paschoal Savastano, que conversou com a Gazeta antes da decisão do MPF, informou que há duas idéias que podem apressar a retirada de Beira-Mar do Estado: “Ele não pode ‘cansar’ num local. A outra idéia é que ele não crie raízes. É uma visão que temos”, analisou. “Não é recomendável que ele permaneça muito tempo”, argumentou. Segundo ele, a recomendação da permanência seria por causa dos familiares do traficante. Sobre a segurança no prédio da Polícia Federal, com efetivos da Polícia Militar, Savastano não soube informar se houve diminuição do número de policiais, cedidos pelo Estado, para a sede da PF. “Sabemos que houve adesão da Polícia Rodoviária Federal, e o Bope tem dado apoio, mas quem está cuidando disso é o comando da PM”, explicou. Esta semana, o Ministério da Justiça definiu reforço da Polícia Federal. Segunda vez Esta é a segunda vez que Beira-Mar é “hospedado” em Alagoas. A primeira foi em abril de 2003. Desta vez, está no Estado desde 26 de novembro. Em entrevista, ontem, o governador Ronaldo Lessa (PDT) voltou a reclamar do reforço da PM no prédio da PF. ### Segurança é ponto falho, admite Lessa O governador Ronaldo Lessa (PDT) admitiu ontem que a área de segurança pública alagoana foi o “ponto falho” do seu governo, em sete anos de administração. “Terminamos o ano com uma universidade, com recorde de turistas visitando o Estado, mas a segurança tem sido um ponto falho da gente”, reconheceu ontem. Ele também chamou a área de “vulnerável”. Segundo Lessa, a “matança de grupos” acabou no Estado. Ele reclamou da presença de Beira-Mar, mas defendeu sua polícia: disse que delegados “não são mais nomeados politicamente”. “Não diria que houve retrocesso. A segurança pública é um ponto nevrálgico”, apontou. CONFORTO O governador também disse que 2006 será um ano “mais confortável” na área financeira, porque o Estado conseguiu diminuir de 22% para 15% o pagamento da dívida do Estado com o governo federal, e falou também das contas dos servidores, que serão assumidas pela Caixa Econômica Federal, depois do Banco Itaú ter ganho uma licitação para operar as contas. Lessa, esta semana, assinou o contrato com o banco estatal. “Todo mundo ficou fixado nessa construção das nove mil casas, mas não me rendi a isso”, esclareceu. Lessa voltou a atacar o governo Lula, reclamando dos contratos, segundo ele, “mais ortodoxos que no governo anterior”, e chegou a defender o ex-governador Manoel Gomes de Barros, seu rival político, sobre o acordo das Letras, assinado em 1997. “O governo estava fragilizado”, resumiu, sem citar nomes. Nonô O vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), também fazendo um balanço em uma rádio local, disse que o mensalão foi uma invenção do governo do presidente Lula. Disse ainda que não acredita que o “presidente não sabia de nada” e criticou a convocação extraordinária do Congresso Nacional. “A convocação não votou nada importante”. |OR

Mais matérias
desta edição