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Nº 5759
Política

Caso Fid�lis espera delegado da PF

| ODILON RIOS Repórter Dois meses e sete dias após o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, no presídio Baldomero Cavalcanti, crime que aconteceu no dia 28 de outubro, o caso está parado, à espera da designação de um delegado da Polícia Federal. Em

Por | Edição do dia 04/01/2006 - Matéria atualizada em 04/01/2006 às 00h00

| ODILON RIOS Repórter Dois meses e sete dias após o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, no presídio Baldomero Cavalcanti, crime que aconteceu no dia 28 de outubro, o caso está parado, à espera da designação de um delegado da Polícia Federal. Em 16 de novembro, o governador Ronaldo Lessa (PDT) protocolou um pedido ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal assumisse as investigações, o que não havia acontecido até ontem. A informação foi confirmada ontem pelo secretário de Defesa Social, Paschoal Savastano, e pelo promotor do caso, Marcus Mousinho. “O governador queria independência e isenção na apuração, por isso pediu a ajuda da Polícia Federal. A idéia é que a PF conduzisse o caso por inteiro, mas isso até agora não vingou. Não houve uma manifestação do Ministério da Justiça”, contou Savastano. Inquérito “O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça. O promotor só queria devolver o processo quando fosse designado o delegado”, explicou Savastano. A versão foi reforçada por Mousinho. “Fiquei de esperar o contato da Superintendência da Polícia Federal e não fui procurado. A última vez que entraram em contato comigo foi antes do Natal”, explicou o promotor. Segundo ele, foi ofertada denúncia, mas novas diligências deveriam ser feitas com um delegado federal, ainda não designado. “Ofertamos a denúncia. O que está pendente são as novas investigações. Se havia possibilidade de novas diligências para chegar a supostos autores, evidentemente isso parou”, comentou o promotor. “Um dos acusados, o doutor Jair Macário [um dos diretores do Baldomero na época do assassinato], não agiu sozinho. Isso é evidente”, afirmou o promotor. O assassinato de Fidélis é considerado emblemático. Ele foi morto no mesmo dia 28 de outubro em que, há nove anos, o tributarista Sílvio Vianna foi emboscado e assassinado na AL-101 Norte, em Ipioca. Fidélis teria sido um dos supostos assassinos de Vianna, e estava para ser julgado pelo caso. Além disso, no dia 6 de dezembro, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou os ex-diretores do Baldomero, Jair Macário e José Jorge de Oliveira, como autores intelectuais da morte de Fidélis, e o detento Edson dos Santos, o “Pé de Cobra”, como autor material. Tamanha foi a confusão após o assassinato que o sistema prisional enfrentou uma série de rebeliões, um pedido de prisão preventiva do então secretário de Ressocialização, Valter Gama, e a deposição dele da função, no dia 17 de novembro. ### Savastano anuncia projetos para 2006 O Corpo de Bombeiros Militar irá receber, em fevereiro, quatro novos caminhões para combate a incêndios, adiantou ontem o secretário de Defesa Social, Paschoal Savastano. Cada viatura tem capacidade para dois mil litros de água. Além disso, virão luvas, capacetes e máscaras. “Esse é o ano do bombeiro, segundo nos disse a Secretaria Nacional de Segurança Pública”, afirmou. As viaturas virão para o Estado depois que um incêndio quase destruiu o Cheiro da Terra, um mercado de artesanato na orla da Jatiúca. O incêndio aconteceu no dia 28 de dezembro. Uma emenda do deputado federal Rogério Teófilo (PPS) também trará duas motos, avaliadas em R$ 30 mil cada, para o Corpo de Bombeiros em Arapiraca. “Essa verba foi empenhada. As motos vão dar versatilidade e economia para a prestação de socorro”, analisou o secretário. As motos, porém, não estão garantidas para o próximo mês. Verba Outra verba que está empenhada é no valor de R$ 731.928,39, um projeto para ampliação de eficiência das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do Centro de Perícias Forenses. Além de equipamentos, estão previstas quase 90 mil munições e haverá a contrapartida do Estado de R$ 151.306,88. Outros projetos da Secretaria de Defesa Social esperam uma definição do governo federal para empenho: capacitação de pessoal, qualificando agentes multiplicadores (R$ 214.840,50); expansão da Cidadela, que realiza projetos de oficinas educacionais, esportivas e culturais em escolas públicas de Arapiraca (R$ 25.999,25). Além deles, a sistematização do Boletim de Ocorrência Unificado, com a criação de laboratório de desenvolvimento de softwares, um centro de capacitação, cursos de qualificação e aquisição de equipamentos, todos na área de informática (R$ 34.405,68); e a implementação de centros e núcleos de segurança comunitária, com projeto-piloto de segurança comunitária em Marechal Deodoro (R$ 1.109.421,89). Cronograma Em 2006, estão no cronograma da Secretaria o concurso para agente penitenciário, inclusão dos policiais e bombeiros voluntários e concurso para a Polícia Militar. Em ano eleitoral, o secretário prefere não acreditar no crescimento da violência ligada às eleições, mas não acredita em uma solução a curto prazo para a superlotação nos presídios. “Quanto mais apuração, mais gente nos presídios”, prevê Savastano. |OR

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