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Nº 5759
Política

Paulo Zacarias assume a Almagis

O juiz Paulo Zacarias da Silva foi empossado, no início da noite de ontem, na presidência da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis). Zacarias anunciou que pretende manter, durante seu mandato, uma relação “civilizada” com o governador Ronaldo Les

Por | Edição do dia 05/01/2006 - Matéria atualizada em 05/01/2006 às 00h00

O juiz Paulo Zacarias da Silva foi empossado, no início da noite de ontem, na presidência da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis). Zacarias anunciou que pretende manter, durante seu mandato, uma relação “civilizada” com o governador Ronaldo Lessa (PDT), “desde que ele [Lessa] não faça acusações levianas a magistrados”. “Não vamos prejudicar o governador em nada, mas ele tem que respeitar os magistrados, senão vai ter volta. Vamos ter uma relação civilizada, mas esperamos a mesma coisa da parte dele. Não vamos brigar por brigar. Se ele [Lessa] tiver provas quando fizer acusações, tudo bem, mas não vamos aceitar declarações levianas”, avisou, lembrando dos atritos entre o governador e o Judiciário no ano passado. Zacarias assumiu o lugar de Fernando Tourinho de Omena Souza, que comandou a entidade por dois mandatos consecutivos. Cada mandato tem a duração de dois anos. Paulo Zacarias venceu uma eleição movimentada, realizada no dia 5 de dezembro, com um percentual de quase 95% dos votos. Entre as principais metas do magistrado à frente da entidade, está uma maior aproximação entre o Judiciário e a sociedade. “Vamos ter um programa de rádio, vamos às escolas passar noções de Direito e Cidadania e queremos aproximar a entidade do Tribunal de Justiça. É preciso democratizar a Justiça, aumentar o contato dela com as pessoas”, comentou o novo presidente da Almagis. Zacarias declarou ainda que defende a realização de eleições diretas, entre os magistrados alagoanos, para a presidência do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AL). Reforma O novo presidente da Almagis, juiz Paulo Zacarias, declarou ser favorável às propostas de modificação na legislação eleitoral, em trâmite no Congresso Nacional, o que considera “um benefício para a sociedade”. “A verticalização deve continuar porque significa o fortalecimento dos partidos políticos. Também sou defensor da fiscalização de abusos, como a formação de caixas dois”, explicou. Paulo Zacarias também manifestou opinião favorável ao voto em listas fechadas e ao financiamento público de campanhas, “mas com fiscalização”. “Concordo com todas as mudanças que fortaleçam a democracia no País”, disse. CNJ e Nepotismo O juiz Paulo Zacarias comentou a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e se disse “otimista” com o trabalho que o órgão vem executando. “Eu achava que o Conselho iria amordaçar os juízes, mas acabou fortalecido pela emenda 45, que o integrou ao Judiciário. O conselho é hoje o corregedor do País, porque as cúpulas dos tribunais não fiscalizavam como deveriam ou eram omissas. Os tribunais eram soltos, e hoje têm que prestar contas ao CNJ”, observou. O magistrado, que durante o ano de 2006 também vai presidir o Fórum Nacional dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Fonaje), defende a ampliação, para os três poderes, da determinação do CNJ que proibiu o nepotismo no Judiciário. “Essa é uma luta antiga, deflagrada pela Associação dos Magistrados Brasileiros [AMB]. É uma demanda social. O povo não aceita mais esse tipo de comportamento. Essa determinação deveria ser estendida aos três poderes. O governador nomeia o irmão para o Tribunal de Contas e o povo não tem condições de alcançar esses cargos. Deputados e vereadores também fazem o mesmo”, criticou Zacarias.

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