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Cavalcante completa 1 ano fora de Alagoas

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| LUIZA BARREIROS Repórter Na próxima quarta-feira, dia 25, faz um ano que o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante deixou o presídio Baldomero Cavalcanti e, por medida de segurança, foi transferido para fora do Estado. O pedido de transferência foi feito após a descoberta de um suposto plano para matar juízes responsáveis por sua condenação. Segundo investigações feitas à época, mesmo estando preso, o ex-militar ainda comandaria o crime organizado. Cavalcante foi preso em 1997, acusado de vários crimes, entre eles receptação de veículos roubados e pistolagem. Inicialmente, o líder da chamada ?gangue fardada? foi levado para a sede da Polícia Federal (PF) em Salvador (BA). Lá passou 18 dias, até ser transferido para São Paulo, onde ficou 12 dias na sede da PF, na capital. Depois, o governo de São Paulo autorizou que ele fosse levado para o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, a 605km da capital, considerado o presídio mais seguro do País. A autorização dada era para que ele passasse apenas 90 dias em Presidente Bernardes, mas o prazo acabou sendo estendido por 148 dias. Durante esse período, Cavalcante foi mantido sob o rigoroso Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no qual o preso é mantido durante 22 horas do dia em uma cela isolada, sem acesso a rádio e televisão e sem contato com outros presos nas duas horas em que pode tomar banho de sol. Na época, o presídio também abrigava o traficante internacional Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar (hoje preso na sede da PF, em Maceió), e os seqüestradores Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, e Maurício Hernández Noranbuena, este último o chileno apontado como sendo o cabeça do seqüestro do publicitário Washington Olivetto. MAIS três prisões Ainda sem o bigode ? um dos principais traços de sua fisionomia, que teve de ser raspado durante o período em que esteve em Presidente Bernardes ? no dia 21 de julho do ano passado, Cavalcante foi levado de São Paulo para Pernambuco, onde também deveria permanecer apenas por 30 dias, mas está até hoje. Dentro do sistema prisional pernambucano, passou pelo Presídio Aníbal Bruno, pela Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, e desde o último dia 2 está no Centro de Observação Criminal de Triagem Professor Everaldo Luna, em Recife. ### Preso deve ser julgado em março por morte de caseiro Durante o período que esteve fora do Estado, Manoel Cavalcante retornou a Alagoas somente uma vez. No dia 21 de setembro, ele conseguiu autorização da Justiça de Pernambuco para acompanhar, em Santana do Ipanema, o sepultamento de seu pai, José Francisco Cavalcante. Ele foi conduzido pela polícia pernambucana e voltou ao presídio logo após o sepultamento. Em 12 dezembro, ele deveria ter voltado para ser julgado pelo assassinato do caseiro Cristóvão Luiz dos Santos, o ?Tó?. O julgamento acabou sendo suspenso a pedido da defesa do ex-oficial. O juiz José Braga Neto estima que o julgamento aconteça até o mês de março. TRIBUNAL A transferência de Cavalcante para um presídio de segurança máxima fora de Alagoas foi solicitada no final de 2004 pelo ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Washington Luiz. A decisão teve como base um relatório do TJ que investigou o depoimento prestado pelo preso Eraldo Firmino. Vizinho de cela de Cavalcante no Baldomero, Firmino denunciou que, mesmo estando preso, o ex-oficial continuaria tendo regalias e comandando o crime organizado de dentro do presídio. Além disso, o relatório concluiu que ele pode ter tido envolvimento na morte de Ebson Vasconcelos, o ?Eto?, principal testemunha contra ele no processo em que foi condenado a 19 anos e 10 meses de prisão como mandante do assassinato do funcionário da Secretaria da Fazenda, Sílvio Vianna. A denúncia do preso também levou à informação de que Cavalcante estaria planejando o assassinato dos juízes Hélder Loureiro e Marcelo Tadeu. I LB

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