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Nº 5759
Política

Ab�lio recha�a sugest�o do chefe do MP

| DA EDITORIA DE POLÍTICA Maceió O governo reagiu ontem à proposta do procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, de intervenção federal na segurança pública, cobrando responsabilidade ao chefe do Ministério Público Estadual (MPE). Em nota divulgada n

Por | Edição do dia 27/01/2006 - Matéria atualizada em 27/01/2006 às 00h00

| DA EDITORIA DE POLÍTICA Maceió O governo reagiu ontem à proposta do procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, de intervenção federal na segurança pública, cobrando responsabilidade ao chefe do Ministério Público Estadual (MPE). Em nota divulgada no início da noite pela Secretaria de Comunicação do governo, o governador em exercício, Luis Abílio de Sousa Neto, disse que “as declarações do chefe do Ministério Público não condizem com seu grau de responsabilidade”. Coaracy não foi encontrado ontem no MP, e seu telefone celular não respondia às ligações. Segundo sua assessoria, ele estava no interior. “[a intervenção] Não produz nenhum efeito, é inócua e contraditória”, diz Abílio na nota da Secom. “Nós temos o controle da Defesa Social e as medidas que estão sendo tomadas comprovam nosso compromisso com uma estrutura policial ágil, cada vez mais equipada e independente para perseguir e prender criminosos, sejam eles modestos ou poderosos”. Lembrando o passado A intervenção federal, segundo Abílio, só tem sentido quando se caracteriza o desgoverno. “Foi o que aconteceu no passado. Havia impunidade palaciana, envolvimento de autoridades com a gangue fardada, e Brasília fez intervenção branca, mandando generais para cá. Aquilo envergonhou o povo alagoano”, lembrou, referindo-se ao ano de 1997, durante o governo Manoel Gomes de Barros, quando a Secretaria de Segurança Pública foi assumida pelo general José Siqueira e o comando da Polícia Militar pelo coronel Juariz Weiss. No final do mesmo ano, quando os dois já haviam deixado os cargos, foi desencadeada pela polícia alagoana, com apoio da Polícia Federal, a operação que desbaratou a chamada “gangue fardada”, na qual foi preso, entre outros, o ex-tenente-coronel PM Manoel Francisco Cavalcante. Segundo Luis Abílio, “não há dificuldade para trabalhar de forma integrada com forças federais”. “Sempre buscamos auxílio quando os episódios exigem colaboração, até para isentar a polícia local”, disse, lembrando o assassinato do pistoleiro Fernando Fidélis numa das celas do presídio Baldomero Cavalcanti. “O sistema ficou sob suspeição e o governador Ronaldo Lessa solicitou ao presidente Lula a apuração do crime pela Polícia Federal. Houve autorização?”, perguntou Abílio, para depois responder: “Até hoje a gente espera esse apoio do Ministério da Justiça”. O crime, ocorrido em outubro, ainda está sem solução. No início da noite de ontem, começou a ser veiculada na televisão peça publicitária do governo, com dois minutos de duração, na qual Luis Abílio se dirige à população para reconhecer a problemática da violência como um “drama nacional” do qual Alagoas seria uma vítima. Ele citou as ações que estão sendo tomadas pelo governo para combater a violência, como a preparação de concurso público para nomeação de mil novos PMs este ano e o treinamento de 158 soldados voluntários. Ele disse que o governo não faz “vista grossa” para a impunidade.

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