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Nº 5759
Política

P-Sol prepara 3 candidatos a governos

| FOLHA ONLINE Brasília O P-Sol não quer participar apenas das eleições presidenciais de 2006. O partido, que ainda não anunciou se vai oficializar a candidatura da senadora Heloísa Helena (AL) à Presidência da República no próximo congresso – ela já de

Por | Edição do dia 29/01/2006 - Matéria atualizada em 29/01/2006 às 00h00

| FOLHA ONLINE Brasília O P-Sol não quer participar apenas das eleições presidenciais de 2006. O partido, que ainda não anunciou se vai oficializar a candidatura da senadora Heloísa Helena (AL) à Presidência da República no próximo congresso – ela já declarou que “gostaria muito” de disputar as eleições em Alagoas, para o governo do Estado ou a reeleição ao Senado – também pretende disputar as eleições para o governo de outros três Estados: Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. O deputado João Alfredo (CE) disse que o assunto será debatido no primeiro encontro nacional do partido, que acontecerá entre os dias 31 de março e 2 de abril. “Além do programa de governo para uma candidatura à Presidência [que pode ser de Heloísa Helena], vamos discutir nossa política de alianças e amadurecer o debate sobre candidaturas aos governos de estados.” Segundo ele, o provável candidato do P-Sol ao governo do Pará é o ex-petista Edmilson Rodrigues, que já foi prefeito de Belém. No Rio, o candidato do partido ao governo de Estado deve ser outro ex-petista: Milton Temer. são paulo Apesar do desejo de ter candidato ao governo de São Paulo, o P-Sol ainda não definiu como será sua participação no processo eleitoral do Estado. Entre os cotados para assumir a candidatura de São Paulo está Plínio de Arruda Sampaio. “A discussão em São Paulo precisa amadurecer mais. Nosso desejo é ter candidato. O nome dele [Plínio de Arruda Sampaio] foi cotado. Mas ele não disse ainda se aceita participar da disputa”, disse o deputado João Batista Araújo, o Babá (RJ). Além dos candidatos a governador, o P-Sol também quer ampliar sua participação na Câmara dos Deputados e Senado Federal. O partido é representado hoje nessas duas Casas por sete deputados federais e uma senadora: Heloísa Helena. “Queremos aumentar o máximo possível nossa bancada. Nosso desejo seria ter um representante em cada Estado do País”, afirmou Babá. cláusula de barreira Segundo Babá, essa expansão é necessária para o P-Sol escapar das punições previstas na chamada “cláusula de barreira”, que exige que o partido tenha pelo menos 5% dos votos no País para ter tempo em rádio e TV e acesso à divisão da maior parte dos recursos do Fundo Partidário - mais importante fonte de recursos. “Essa cláusula foi criada para dificultar a vida dos pequenos partidos.” ### Cláusula de barreira, a inimiga temida Apesar de admitir que será difícil atingir um porcentual de votos e de candidatos eleitos para escapar da cláusula de barreira, o deputado Babá afirma que o P-Sol pode crescer muito nestas eleições. “O nosso potencial de crescimento é enorme. O PT perdeu muitos votos entre os eleitores de esquerda. Entre esses eleitores, a tendência é de migração de votos para o P-Sol”, acredita o parlamentar, que no ano passado trocou seu domicílio eleitoral – ele elegeu-se em 2002 pelo Pará, e agora vai tentar a reeleição pelo Rio de Janeiro. Alianças estreitas Babá disse que a política de alianças partidárias do P-Sol será muito “restritiva”. “Nacionalmente, nossa política de alianças é viável com poucos partidos, como o PCB. Não descartamos uma aproximação com o PSTU, mas não conversamos ainda sobre isso”, afirmou. alianças com PSDB E PFL Segundo Babá, é “inviável” para o P-Sol se alinhar com vários partidos que hoje fazem oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o PSDB, PFL e PDT. “Temos diferenças programáticas e ideológicas com esses partidos que dificultam a formação de alianças”. Entre petistas e outros segmentos da esquerda brasileira, o P-Sol é muito criticado porque, com sua política de oposição cerrada ao governo Lula, o partido tem se aliado, em votações e até em debates, aos dois grandes partidos oposicionistas, o PSDB e o PFL, considerados pela esquerda como o núcleo mais forte do conservadorismo brasileiro. Segundo esses críticos, a “sanha do P-Sol em vingar-se do PT” – partido de origem da maior parte dos seus militantes, alguns deles, como o próprio Babá e Heloísa, expulsos das fileiras petistas – levou o novo partido a “juntar-se à direita e fazer o papel de linha auxiliar do atraso político”. O P-Sol formou-se a partir da expulsão de Babá, Heloísa Helena e da deputada Luciana Genro (RS) por terem votado contra a reforma da Previdência. |FP

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